You, Metro and I
Olho para o rosto, e vejo-te a ti.
Sorriso seguro numa boca que às vezes não sente.
Nada de diferente.
Os braços percorrem um pescoço que não o teu,
E abraçam-no num corpo,
que em esboço...parece o meu.
Esta é a imagem que constato,
Não fotográfica,
Mas um relato do que é antes…
Um reflexo.
E aquele, na verdade… não sou eu.
Desorientado, não sei o que sinto.
Se a reacção do instinto, ou
A saudade do que não é meu.
Mas este que sente… sei que sou eu.
Desejo quem não tenho, e
O que se perdeu, algures
Na rotina, num desenho
que sem esperança,
alguém rasgou…Eu!
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