Luares de tinto
Chamei-te baixinho
E o Mar respondeu:
Não sou quem procuras,
Mas o nome que murmuras
Ouvi-o também eu.
E mais baixo que baixinho
Voltei, de novo, a sussurrar.
Desta vez, foi o distraído do Vento,
Que no indiscreto ouvir do chamamento
Logo soprou para se desculpar.
Anoiteceu, sem que me ouvisses
nem baixo, nem baxinho.
Então, as estrelinhas endiabradas
Juntaram-se todas e organizadas
Formaram o teu nome num instantinho.
Ainda hoje não sei se as viste,
Ou se ouviste o meu apelo,
Mas sei que me tens cativo ao teu sorriso*
Gerador de Sonhos, furtado do Paraíso,
E que farei tudo para merecê-lo.
Hgomes
*: ligeiramente diferente da versão final efectivamente entregue à destinatária, visto que apenas fiquei com os rascunhos, esboços incompletos... como a nossa hipotética relação.
Sem comentários:
Enviar um comentário