quarta-feira, novembro 19, 2003

Regresso à "Família"



Prometi que os ia ver.
A última vez que estivemos juntos foi em Fevereiro... ... ... de 2001.
Hoje, quase 3 anos volvidos, decidi voltar a "casa", ao lugar que me acolheu vezes sem conta, repleto de pessoas literalmente mágicas.
Os seus olhos reflectem aquele brilho verdadeiro e sincero, que todos exibíamos inocentemente em criança, para cumprimentar um Mundo ainda por descobrir.
As suas mãos, unidas numa nova Criação, obrigam-nos a acreditar no impossível e a duvidar. A duvidar que a vida, afinal possa ser tão bela e fantástica.
E, no entanto, se ainda ensaiando na cegueira, os não pudéssemos ver, nunca nos passaria pela imaginação, enquanto último reduto, que alguns destes senhores e senhoras têm sessenta e muitos anos de existência física.
Por isso me sinto hoje privilegiado, por regressar ao lar das fantasias e das ilusões, que nos mantêm crianças, por maravilhar, por descobrir e por crescer.
Os seus nomes repartem-se pela vida que levam dentro e fora do palco. Muitas vezes separados pelo respectivo reflexo, ou não fosse SERAVAT, TAVARES ou ATSOC, COSTA.
São Mágicos.
Sempre os chamei assim, repudiando o título de Ilusionistas, porque não me sinto enganado, mas antes, conduzido para onde tudo é facilmente possível.
Esta minha Casa é a API, Associação Portuguesa de Ilusionismo.
Aqui aprendo a converter lágrimas em sorrisos, a puxar pelos supiros e torná-los gargalhadas, a transformar a tristeza na esperança de um amanhã melhor, desparecendo a infelicidade pelo buraco do chapéu, onde o coelho branco se esconde.
Enganam-se aqueles que pensam que nos aproveitamos das pessoas, da sua ingenuidade, ou até que as ludibriamos.
Nós apenas criamos sentimentos, surpresas e sonhos... tudo à frente dos olhos.
Obrigado amigos por me receberem tão bem...

Do Vosso
Boris Magic

(Boris é o meu antigo nome artístico, já que Henrique ao contrário não dava nada!)

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