quinta-feira, novembro 27, 2003

Pechincha



O Tempo.
Não fossem os Romanos e as suas calendas, talvez hoje vivêssemos mais livres.
Não me refiro à liberdade de Sartre, nem ao destino recheado de escolhas, porque disso percebe o meu querido amigo Alexandre.
Falo-vos da liberdade para agir, prévia à liberdade escolha.

Agora, que as horas se contam de 60 em 60 minutos e os intervalos das aulas da Universidade são memórias estranhamente boas, chegar a casa é cada vez mais uma bênção.
Agora entendo quem me disse que os Anos da Universidade são os melhores.
Tudo porque "HÁ TEMPO" para gozar a vida, para ver o sol a perfurar as nuvens, para respirar ar livre em vez do "ar forçado" como dizem os nuestros hermanos.
Mas não somos nós os responsáveis por esta privação.
Na verdade, o "Trabalho" é um chantagem gigante: negociamos o preço do nosso querido Tempo com os clientes ou com a entidade patronal, porque somos obrigado a isso. Estamos em desvantagem porque a venda do Tempo é forçada, há uma coacção, já que se não prescindirmos da matéria prima que faz andar os ponteiros do relógio, não sobreviveremos seguramente.
Afinal de contas há que estar vivo para podermos gozá-lo.
Dito isto, só me resta ficar agradecido por segunda-feira ser Feriado!

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