sexta-feira, setembro 28, 2007

Scraps...

É engraçado voltar a ler coisas que escrevi em tempos...

Encontrei hoje, por mero acaso ou coincidência o seguinte poema.

Achei-o bonito (que humildade meu Deus) apesar de tudo, e por isso o transcrevo:

Não sei se foi chave,
Ou toque especial o que eu perdi
Porque o teu coração criou entrave
E, Desta vez, eu não o pedi.

Cortaram-se os fios do sentimento
Apagaram-se as linhas do amor
Pois não ouço o batimento,
E sentir, neste momento,
Só a Dor.

Sou mote de memórias,
Título de livro emprestado.
Lote de pequenas histórias
Que um velho conta, inebriado

Cubo de gelo derretido
Pela temperatura do desamor.
Meio líquido convertido
Em outro meio de torpor.

Sol, e eclipse ao mesmo tempo
E o teu nome…
ainda o sei de cor.

quinta-feira, setembro 20, 2007

à tua procura...Pedro Alpiarça




Ouvi o teu nome por entre o silêncio das palavras trémulas.
Antes dele, um terrível pressentimento transmitido pelo som da trovoada, que em breve, agora mesmo se confirmou.

De repente, o teu olhar, a tua expressão, o teu sorriso e voz, apareceram em flash na memória. E foi tal o impacto que dei por mim prostrado no chão, derrotado pela lembrança, pela escassez do tempo... pelo nunca mais.

Recordei-me de te ter visto pela primeira vez, de ter percorrido 120 Km à procura do meu vício de palco, do ranger das tábuas, da respiração em cena, da maior prova de todas: enfrentar uma multidão de olhos críticos e exigentes.

Ali comecei a "habituar-me" à tua presença e a viciar-me nela, em qualquer palco, em qualquer circunstância, em qualquer coincidência ou encontro acidental.

Meu querido amigo,

Se soubesses o peso das tuas palavras, o efeito contagiante do teu sorriso, a força dos teus abraços, o poder da tua expressão facial e os milhões de coisas que nunca te disse, demonstrativas de orgulho e de admiração.

Quantas vezes me deixaste levar-te a casa, desconhecendo que quem me fazia um favor eras tu...

Na nossa Guilhas ficou o teu suor, o teu engenho e as sementes do teu talento e versatilidade que hão-de acompanhar os que ousarem, um dia como tu, enfrentar e derrotar o mais terrível dos predadores: o espectador.

No nosso coração, para sempre tu, sempre tu.... meu querido Pedro.

Hoje, brilharás com uma ovação de pé, no mais belo dos palcos...

Boa viagem Pedro e Muita Merda!

segunda-feira, setembro 10, 2007

Alma Gémea

Prosseguindo na onda das músicas, aqui vos deixo uma cuja sonoridade me vicia, cada vez mais.

Enjoy...

sábado, setembro 08, 2007

Um olhar diferente

O meu telemóvel permite-me um novo Olhar Crítico, eis aqui alguns exemplos:






























sexta-feira, setembro 07, 2007

Contradição repugnante

Ontem, voltando para casa, percorri a Almirante Reis de uma ponta a outra.

Esta avenida, cuja fama não é das melhores, revelou-me por volta das 4 da manhã, uma das maiores ironias vivas que tive a infelicidade de testemunhar.

Característica pela sucessão quase parasita e desordenada de lojas de decoração, onde os sonhos e o conforto se escondem por detrás de vidros, esta Rua alberga diariamente dezenas de desalojados, para quem esta realidade não é estranha.

Deitados ao longo dos pilares das Arcadas dos vários prédios, espreitam pelos buracos da sua 2ª pele, trespassando mentalmente a barreira física e transparente das montras.

Do outro lado, o conforto e o luxo traduzem-se em duas palavras que não podem empregar: escolher e comprar.

Na cabeça, essas palavras não ganham pó, porque todos os dias, irremediavelmente, aqueles olhares descobrem uma nova mobília, um novo preço.

Deste lado, nesta sua enorme casa colectiva onde muitas vezes faltam paredes e não tectos, permanecem os olhares curiosos, mas tristes, de alguém que tem uma divisão, onde habita diariamente o sonho, mas cuja chave há muito se perdeu...ou nunca se encontrou.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Música de um amanhecer de Verão

6:20 da manhã, rodopiando algures nas rotundas de Vilamoura, vindos do Kasablanca.

O fresquinho mistura-se ao de leve com a brisa que entra pelas janelas do carro, e mantém-nos acordados ao longo dos vários Km que ainda temos de fazer até casa.

O chilrear dos pássaros corta o silêncio demolidor, mas agradável, neste princípio de viagem.

E nós, com um sorriso nos lábios, desafiamo-lo ainda mais com uma música que descobri ser das preferidas do António.

Ao som dos primeiros acordes, a satisfação e felicidade eram bem visíveis no seu rosto.

Eu... limitei-me a carregar no Repeat, e seguimos cantando incessantemente até Armação de Pêra.


Caro António, por estas férias e pelos momentos fantásticos, com um abraço amigo!

quarta-feira, setembro 05, 2007

Le Destin...

Há uns tempos, numa das raras passagens pelos canais de música da Tvcabo, ouvi uma voz, em francês, de alguém que vim alguns minutos depois a saber, lendo a barrinha que aparece no final de cada música, ser Emmanuel Moire.

A música "Mon essentiel" - que poderão ouvir neste link: http://www.youtube.com/watch?v=W-Ap2qhiS38 - conseguiu deter-me no zapping angustiante de quem tem todos os canais menos "aquele" que queria.

Alguma coisa no ritmo, na letra, na língua e até no teledisco que me fez esperar pelo fim... para perceber quem cantava.

Banal, ou não, a verdade é que comecei a ouvir mais do seu trabalho, à procura de uma prova de qualidade intínseca, tudo para afastar as más línguas no meu interior que apostavam ter-se tratado de pura sorte.


O Youtube ajudou e de que maneira, e acabei por ficar a gostar bastante desta música que hoje vos mostro:




E agora, a melhor parte... Este jovem, descobri hoje, nasceu exactamente no mesmo dia que eu, a 16 de Junho de 1979.

Só por curiosidade, para quem me conhece, STAN LAUREL, nasceu nesse dia, mas em 1890.


segunda-feira, setembro 03, 2007

RAPIDINHA: "Henritação ao volante"

Quanto entro no carro, e estou irritado... ainda o fico mais quando:

- me sento ao volante e percebo que alguém andou no carro sem me dizer, pela forma como os meus joelhos tocam nas orelhas;

- o aviso do cinto não pára de apitar;

- não aguentando mais o barulhinho, o tento pôr e este insiste em ficar preso, após milhares de tentativas de encolhe estica, encolhe estica, encolhe estica;

- a porcaria da chapeleira se desencaixa, e por mais que tente repôr aquilo nunca mais vai ao sítio;

(MAS QUE NOME É ESTE, CHAPELEIRA? jÁ VIRAM ALGUÉM PÔR-LHE CHAPÉUS EM CIMA?
PORQUE É QUE NÃO SE CHAMA SIMPLESMENTE TINPDTDCCN - Tábua Irritante Na Parte De Trás Do Carro Com Nome Estúpido)

- luzes do tablier, descritas no manual como luzes indicadoras de emergência em que é preciso ir a correr para a oficina, decidem caprichosamente orar acender, ora apagar;

- escondi a antena para não a roubarem, e não há meio de a encontrar...depois de 6 meses a procurá-la;

...To be continued... é tarde e agora já não me lembro de muitas coisas que me irritam verdadeiramente ao volante!!!!

Amanhã ponho mais.