quarta-feira, dezembro 31, 2003

Contactos Japoneses



Esta é a minha prenda de natal atrasada para alguns dos leitores, que aqui vêm ter à procura de restaurantes japoneses.
Este é, na minha opinião, o melhor:

- Restaurante Japonês AYA II

Galerias Twin Towers

R. Campolide, 351 - loja 1-56
1060-034 Lisboa
Tel/Fax: 21 727 11 55


Bons SUshis e SashiMIs!!!!!

terça-feira, dezembro 30, 2003

Porquês da Morte



Porque é que :

- na câmara mortuária os perfumes pessoais, até os mais fortes, perdem a capacidade de atingir o nosso olfacto?

- o representante da funerária tem sempre um ar apressado?

- os trabalhadores das funerárias têm sempre as gravatas fora do sítio?

- os coveiros têm uma barriga maior que a carga limite das suas camisas e calças?

- os padres que celebram a "última" missa são sempre velhinhos?

- se martelam pregos nos caixões?

- estes se fecham à chave, mesmo os que vão para os jazigos?
- faz sempre frio nos cemitérios?

-

sexta-feira, dezembro 26, 2003

O meu Natal em SMS



Meus amigos, colegas, leitores: Estou farto!
FAAAAAAAAAARRRTTTTOOOOO.

Se quiserem mandar mensagens a alguém neste Natal, ao menos façam-no tendo em conta a individualidade de cada destinatário...
Uma coisa é mandar, em série, uma mensagem com piada, outra coisa é enviarem uma mensagem impessoal, genérica com assinatura no fundo do Sms.

É que o que tem mais piada em tudo isto, é que as pessoas preguiçosas que o fazem nem tentam ser ao menos subtis, dando talvez um toquezinho na mensagem para parecer que só a nós se dirige. Pelo contrário, vai a mensagem gravada, sem complementos directos especificados a nível do destinatário.

"Olá, só para desejar Bom Natal e Feliz Ano novo, são os votos de XPTO".

Merece uma resposta do tipo: " Desculpe, mas um dos telemóveis destinatários da sua mensagem apenas reconhece formatos de mensagens originais, ou cópias autenticadas e reconhecidas como tal pelos emissores. Por favor tente novamente, desta vez incluindo o nome deste destinatário".

É que se alguém sacrifica o gasto de ...€ por uma mensagem, ao menos que nos seja especificamente dirigida, não?

Porque não:

" Caro Hgomes, neste Natal adorava receber-te embrulhado numa prenda, tal e qual quando me fizeste aquela surpresa com o chantilly. Agora já sabes o que eu quero, beijocas e Bom NATAL, Joaninha/Aninhas/Martinha/ etc...."

P.S- o tipo de mensagem avançado como exemplo só se aplica às pessoas do sexo feminino..... é sempre bom elucidar os mais distraídos.

sábado, dezembro 20, 2003

A Casa da Música, em Lisboa!



Silêncio.
Como odeio o silêncio.

Por ser ausência de vida, ausência de movimento, ausência de tudo...
É por isso que ao deitar, embrulhado no misto de lençóis e cobertores, e embalado num conforto invisível aos ouvidos e não aos olhos, sinto um aperto no coração, e peço para adormecer rápido.
Penso na morte, no fim dos movimentos, no fim de tudo.

Justifica-se, pois, este meu gosto, ou melhor, esta minha necessidade de "ouvir" as melodias pessoais de quem respira fora das minhas janelas.

Mas sou exigente.
Gosto de ouvir os sons de olhos fechados, recriando as fontes sonoras a partir da escuridão inicial da imaginação, tal e qual como um quadro de ardósia começando a ser rabiscado. Este método tanto se aplica às melodias cosmopolitas, como aos registos finitos gravados nos pequenos círculos com nome de marca portuguesa de meias ("Com Cd quem ganha é você!").

Há, no entanto, quem nos facilite, o já por si enorme prazer de sonhar acordado, mãos mágicas que em parceria com um apuradí­ssimo ouvido, concebem aparelhos que tornam as coisas fáceis ao ponto de nos criar a ilusão perfeita de estarmos a assistir, de olhos bem abertos, a um concerto privativo "daquele" cantor, intérprete ou músico ali na nossa sala,
Sentado num sofá ou numa poltrona, julgando que são os olhos que nos atraiçoam, porque ouvimos os suspiros do artista, contudo sem o conseguirmos ver.

Quem não conhece a sensação, só tem uma solução:

- Ir à DELMAX.


aqui:

Rua da Madalena, nº 237 - 1º Dtº
1100-319 Lisboa

Tel/fax 218879115

email: Delmax@iol.pt



P.S - só faço referência a pessoas e obras em que acredito....se depois de fazerem o que aqui vos sugiro tiverem um opinião diferente, por favor escrevam nos comentários!

domingo, dezembro 14, 2003

Apertos



Porque raio é que quando estou aflito para ir à casa-de-banho, pareço o tipo dos "Lord of the Dance"????

Será que foi assim que tudo começou?

Nas barbas dos Americanos



Pois é, o nosso amigo Saddam foi finalmente "apanhado".
Não bastavam os pesadelos diários do antigo líder Iraquiano, a verdade é que hoje, enquanto dormia, o acordar foi, pela última vez, bem mais real e duro.
Apesar da mudança de aparência, foi relativamente fácil localizar e identificar o "Ás de Espadas", que agora, ao contrário do que graficamente ficara gravado no baralho de alvos a abater, ostenta uma farta Barba.
Vozes há que se levantam mais alto, e desacreditam estas últimas novas vindas do Oriente.
Em especial, o Ex-Ministro da Segurança Iraquiano, que numa Mini-conferência de Imprensa em pleno estabelecimento prisional Americano, vai reiterando que os Americanos continuam longe da capital Iraquiana e que o sr. das fotografias e dos filmes, é um boneco de borracha que os infiéis do Ocidente criaram para enganar o povo.

É desta que o Bin LAden corta a sua Barba ...

sábado, dezembro 13, 2003

Ingenuidades



Imaginem a cena:

Patrono e estagiário entram numa sala de audiência, mais concretamente nos Juízos Criminais de Lisboa.
O Patrono toma o seu lugar, e o estagiário, estreante nas andanças de Tribunais, resolve sentar-se onde melhor pode assistir ao decorrer da sessão, ou seja, bem à frente na primeira fila.
O Patrono sorri, e diz-lhe baixinho - Estás sentado nos bancos dos Réus.
Imediatamente, tentando disfarçar, mas sem sucesso, levanta-se e dirige-se para os bancos do fundo da sala, onde se esconde por detrás de um Código.

Há coisas que não se aprendem na Faculdade....

Zangado



Acabei de ouvir no Telejornal uma entrevista a um taxista, que irritado, exigia o reconhecimento da paternidade do Vinho do Porto!
Para ser mais claro, insurgia-se contra "os Srs." que puseram o nome da capital do Norte, ao vinho que afinal é proveniente do Vale do Douro!
"Nós trabalhamos e eles têm a fama!"

terça-feira, dezembro 09, 2003

Com licença... - Um post para esquecidos e apressados



Se um dia tiver um filho, espero que leia, com atenção, o que hoje escrevo.
Há umas semanas, uma amiga perguntou-me porque razão era sempre tão educado, exemplificando, a abrir a porta às senhoras, a oferecer o meu lugar...
Respondi-lhe que tinha sido criado assim, e que apesar de muitos, como ela, me considerarem antiquado, a experiência tem-me mostrado que é melhor ser-se cauteloso e andar "protegido".

É um questão muito curiosa.
Podemos abrir centenas de portas a alguém, e esse alguém nada dizer, nem um único agradecimento. Nem mesmo um sorriso. Mas no dia em que não abrirmos a porta, ou não deixarmos passar primeiro "a Senhora", chamam-nos logo Mal-educados.
É infalível, e sobretudo, injusto!


Nota: À Senhora do 3º ESQ, aqui está a prova de que fiquei traumatizado por ter saído primeiro e fechado a porta no seu nariz....

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Marcas e Slogans



"Mudanças Machado" - Nem quero imaginar como "fazem caber" um sofá de 2m, numa cabine de elevador com 1,90m de altura.

"Papel Higiénico Cúmplice" - Deixou a casa-de-banho num estado lastimoso? Não assuma a culpa sozinho! Porque em alturas de aperto, é sempre bom ter uma ajudinha! Cúmplice, o papel higiénico que o acompanha nos maus momentos.

Nota: estas marcas são verídicas...os slogans são produto da imaginação do Olhar do costume.

segunda-feira, dezembro 01, 2003

À espera de Godot - Os 50 anos de Palco do Cénico de Direito






Brevemente em Lisboa, depois da Estreia no Festival de Teatro Acaso em Leiria (9 de Novembro) e participação no Festival de Teatro Universitário de Coimbra, no passado dia 23.

Mais informações: Grupo de Teatro Cénico de Direito - www.cenico.no.sapo.pt/ email: Cenico@netcabo.pt



Olhar Pensativo



Diz quem me conhece, que penso demais.
Que, com o Raciocínio, procuro indícios escondidos nas palavras, como se a linguagem fosse um enigma constante, quase indecifrável a olho nu.
E por isso referem-se a mim como "O Complicado".
Imaginando-me "sozinho" no mundo dos que se questionam, foi num dia como o de hoje, chuvoso ao ponto de "lixar todo um Fim-de-semana Grande", que descobri que alguém, uma menina, provavelmente adepta do "Cogito, Ergo Sum", decidiu incluir-me no seu blog fazendo referência a este meu espaço pessoal de complicação.
Assumidamente Pensativa, teve a amabilidade de responder a um, esse sim simples email.
A Honra é toda minha...

Sê Bem-vinda!

sexta-feira, novembro 28, 2003

É triste deixar uma mensagem num gravador de chamadas de alguém, e depois vir a saber que esse alguém faleceu.

Português aos pontapés



Quem sintonizar a frequência 107.2 FM, no carro ou em casa, ouvirá com surpresa falar-se em Português de Portugal, ou Continental, como o define o Windows.
Mas não fiquem tristes os leitores que ouviam o doce Brasileiro do Antigamente, porque a Nova estação mantém a coerência da Anterior, evita falar correctamente a língua de Camões, que se ouvisse as emissões ficaria decerto confuso.
Refiro-me à já irritante promoção da Rádio, em que o locutor diz: " Não SEJAS INVEJOSO, ABRE AS JANELAS DO CARRO E DEIXA OS TEUS AMIGOS/VIZINHOS OUVIREM A TUA RÁDIO"


Quantas vezes mais é preciso fazer a distinção entre Egoísmo e Inveja?

Ser Egoísta - Aquele que não gosta de partilhar nada, só pensa em si.

Definição ->indivíduo que trata só dos seus interesses; comodista.

Ser Invejoso - Aquele que gostaria de ter o que os outros têm - " a Galinha da vizinha é melhor do que a minha"

Definição -> misto de pena e de raiva; sentimento de desgosto pela prosperidade ou alegria de outrem; desejo de possuir aquilo que os outros possuem; ciúme; emulação, cobiça.


A menos que estejam a ser irónicos e se queiram referir a eles próprios recorrendo ao primeiro sinónimo dado pela definição de Ser invejoso, não vejo razão para se confundir os seus significados!!!!!

A Boa Acção



Hoje, 14.02, estação de Metro do Saldanha, junto às máquinas dos bilhetes:

Senhor visivelmente dependente de drogas pesadas - Desculpe, senhor? É que só me faltam 50 cêntimos para comprar um bilhete de Metro...

Eu, alguém interpelado pelo senhor visivelmente dependente de drogas pesadas- só lhe faltam 50 cêntimos? Para um bilhete de Metro?

- Silêncio -

Eu Novamente- Então tome lá.... "Clink clink....... Rinhénhé Rinhénhé"*.... um bilhete de Metro!

*Tradução :

-Clink Clink- moedas a entrar pela ranhura da máquina de bilhetes.
-Rinhénhé Rinhénhé- máquina a imprimir o bilhete.

Fiz mal?????



Nota: Até a senhora invisual que se encontrava sentada à entrada, fechava os olhos quando as pessoas passavam junto dela...

quinta-feira, novembro 27, 2003

Pechincha



O Tempo.
Não fossem os Romanos e as suas calendas, talvez hoje vivêssemos mais livres.
Não me refiro à liberdade de Sartre, nem ao destino recheado de escolhas, porque disso percebe o meu querido amigo Alexandre.
Falo-vos da liberdade para agir, prévia à liberdade escolha.

Agora, que as horas se contam de 60 em 60 minutos e os intervalos das aulas da Universidade são memórias estranhamente boas, chegar a casa é cada vez mais uma bênção.
Agora entendo quem me disse que os Anos da Universidade são os melhores.
Tudo porque "HÁ TEMPO" para gozar a vida, para ver o sol a perfurar as nuvens, para respirar ar livre em vez do "ar forçado" como dizem os nuestros hermanos.
Mas não somos nós os responsáveis por esta privação.
Na verdade, o "Trabalho" é um chantagem gigante: negociamos o preço do nosso querido Tempo com os clientes ou com a entidade patronal, porque somos obrigado a isso. Estamos em desvantagem porque a venda do Tempo é forçada, há uma coacção, já que se não prescindirmos da matéria prima que faz andar os ponteiros do relógio, não sobreviveremos seguramente.
Afinal de contas há que estar vivo para podermos gozá-lo.
Dito isto, só me resta ficar agradecido por segunda-feira ser Feriado!

terça-feira, novembro 25, 2003

Segredos do Atlântico



Agora entendo porque tardam os meus amigos e colegas Açorianos do DESEJO CASAR em juntar os trapinhos.
Afinal de contas, todo o cuidado é pouco!

Despertares



Há dias, em que o cansaço nos obriga a reparar em pequenos pormenores.
Isto acontece, porque a pequenez das coisas deixa de o ser, quando nos impede de chegar ao tão desejado conforto da nossa casa.
Hoje foi um desses dias.
O camião do lixo, que de pequeno, afinal, não tinha nada, era empecilho. As luzes rotativas, frenéticas e gémeas na frustração de não terem sido Faróis dos nossos mares, iluminavam o que os outros rejeitam, o seu lixo.
Mas no impedimento gerado pela sua imobilidade de toneladas, felizmente temporária, vi um motivo de reflexão.
Profissional no método de reencaminhar o conteúdo dos cada vez mais vampíricos caixotes, tal é a raridade da sua presença nas nossas ruas durante o dia, o homem de verde e preto, exibia uma tez em tudo contrastando com o cenário, bem clara e limpa.
Provavelmente de Leste, ali estava, agarrado ao veículo que o transportava pela noite, para o mais escuro de todos os mundos: o mundo da rejeição humana.
Depois, só me lembro de pensar emocionado "Pois é, o Lixo é igual onde quer que se esteja".

quarta-feira, novembro 19, 2003

Regresso à "Família"



Prometi que os ia ver.
A última vez que estivemos juntos foi em Fevereiro... ... ... de 2001.
Hoje, quase 3 anos volvidos, decidi voltar a "casa", ao lugar que me acolheu vezes sem conta, repleto de pessoas literalmente mágicas.
Os seus olhos reflectem aquele brilho verdadeiro e sincero, que todos exibíamos inocentemente em criança, para cumprimentar um Mundo ainda por descobrir.
As suas mãos, unidas numa nova Criação, obrigam-nos a acreditar no impossível e a duvidar. A duvidar que a vida, afinal possa ser tão bela e fantástica.
E, no entanto, se ainda ensaiando na cegueira, os não pudéssemos ver, nunca nos passaria pela imaginação, enquanto último reduto, que alguns destes senhores e senhoras têm sessenta e muitos anos de existência física.
Por isso me sinto hoje privilegiado, por regressar ao lar das fantasias e das ilusões, que nos mantêm crianças, por maravilhar, por descobrir e por crescer.
Os seus nomes repartem-se pela vida que levam dentro e fora do palco. Muitas vezes separados pelo respectivo reflexo, ou não fosse SERAVAT, TAVARES ou ATSOC, COSTA.
São Mágicos.
Sempre os chamei assim, repudiando o título de Ilusionistas, porque não me sinto enganado, mas antes, conduzido para onde tudo é facilmente possível.
Esta minha Casa é a API, Associação Portuguesa de Ilusionismo.
Aqui aprendo a converter lágrimas em sorrisos, a puxar pelos supiros e torná-los gargalhadas, a transformar a tristeza na esperança de um amanhã melhor, desparecendo a infelicidade pelo buraco do chapéu, onde o coelho branco se esconde.
Enganam-se aqueles que pensam que nos aproveitamos das pessoas, da sua ingenuidade, ou até que as ludibriamos.
Nós apenas criamos sentimentos, surpresas e sonhos... tudo à frente dos olhos.
Obrigado amigos por me receberem tão bem...

Do Vosso
Boris Magic

(Boris é o meu antigo nome artístico, já que Henrique ao contrário não dava nada!)

segunda-feira, novembro 17, 2003

O Vício do Direito



A Cena decorre dentro duma carruagem do metro. As personagens acabam de entrar. O barulho do costume. As pessoas do costume.

Ricardo – Acabei de picar a porcaria do bilhete e já não sei onde o pus. Todos os dias a mesma coisa ... ... ... olha dá-me um cigarro.

João – Agora? Não podes fumar aqui dentro.

Ricardo – João, por favor não me chateies com as regras dos teus queridos códigos, que eu hoje não tenho paciência. Dá-me lá um cigarro.

João – Olha à volta. A carruagem está a abarrotar, queres matar-nos a todos com o fumo? Além disso, está ali o sinal: Proibido fumar.

Ricardo – E ao lado do teu sinal está outro que diz para ninguém se encostar às portas, e no entanto.....

João – Mas isso é porque o metro está cheio.

Ricardo – Óptimo, então dá cá o tabaco que eu também estou cheio de vontade de fumar.

João – Aguenta um bocado, saímos daqui a duas estações, custa-te muito?

Ricardo – Vê lá se não guardaste o meu bilhete juntamente com o teu... isto é inacreditável.

João – Não guardei...

Ricardo – tens a certeza? Vê lá se fazes favor.

João – Tenho a certeza.

Ricardo – Claro, tu tens passe. Também tenho de arranjar um desses novos. Tem fotografia não é? Mostra lá.

João – Não tenho passe. Já leste as cláusulas da proposta? Que Roubo! Primeiro...

Ricardo – Poupa-me os pormenores jurídicos.

João – E é por isso que não guardei o teu bilhete juntamente com o meu.

Ricardo – Desculpa, mas o leigo não entendeu esse raciocínio.

João – Não tenho bilhete. São só duas estações. Entrar e sair. Nem sequer é início do mês e a probabilidade de apanhar um fiscal é reduzidíssima.

Ricardo – Quem havia de dizer... o senhor lei não sei quê barra 2000 e tal.
Uma atitude deplorável...que corresponde a 8 contos de multa.
Pensando melhor, dá-me dois cigarros....um por cada estação.

domingo, novembro 16, 2003

Paródia na cela



Não consegui resistir.
Apesar da linguagem utilizada ser forte, é sem dúvida, uma sátira com piada.
Julguem os leitores e depois comentem.

Site: http://www.vitominas.com/castelobranco.htm

Luares de tinto



Chamei-te baixinho
E o Mar respondeu:
Não sou quem procuras,
Mas o nome que murmuras
Ouvi-o também eu.

E mais baixo que baixinho
Voltei, de novo, a sussurrar.
Desta vez, foi o distraído do Vento,
Que no indiscreto ouvir do chamamento
Logo soprou para se desculpar.

Anoiteceu, sem que me ouvisses
nem baixo, nem baxinho.
Então, as estrelinhas endiabradas
Juntaram-se todas e organizadas
Formaram o teu nome num instantinho.

Ainda hoje não sei se as viste,
Ou se ouviste o meu apelo,
Mas sei que me tens cativo ao teu sorriso*
Gerador de Sonhos, furtado do Paraíso
,
E que farei tudo para merecê-lo.

Hgomes

*: ligeiramente diferente da versão final efectivamente entregue à destinatária, visto que apenas fiquei com os rascunhos, esboços incompletos... como a nossa hipotética relação.

Tristeza Americana



Para todos aqueles, que por qualquer razão, vêm ter a este blog pesquisando com a palavra "Pedofilia", e que tal como eu repudiam todos os actos vergonhosos e incompreensíveis resumidos nesta pequena e temida palavra, aqui vos deixo o triste resultado de uma pesquisa sobre sites estranhos.
Inacreditavelmente, no país de todas as oportunidades e do sonho americano, é espantosa a exploração da liberdade pessoal e a transgressão gratuita dos limites da racionalidade humana.
Senão vejamos, entrem em NAMBLA e conheçam uma "organização que defende a pedofila e propõe a sua legalização. De acordo com a sua página, as actuais leis contra a pedofilia são discriminatórias para com os jovens, pois não lhes reconhecem a maturidade e responsabilidade suficientes para decidirem entrar num relação com alguém mais velho."

No mínimo Inacreditável.

sábado, novembro 15, 2003

O Excluído



Na festa de lançamento do Livro do Luís Filipe Borges "Mudaremos o Mundo depois das 3 da Manhã", tive a oportunidade de rever pessoas cujo aperto de mão ou troca de beijinhos são esporádicos, mas que a memória, já por si ruim tal é o prazer pelo queijo amanteigado, me impede de esquecer.
Mas estes donos das bocas que nos tocam ou dos dedos que repousam verticalmente nos meus, não são pessoas ditas normais, pelo menos de acordo com as sensações emitidas a partir do compartimento de emoções e de sentimentos alojado no meu cérebro, e que desconfio, também no órgão batente (coração, claro).
Os seus sorrisos valem ouro, ou outro minério mais valioso, já que são genuínos, vindos por vezes sabe-se lá de onde, com destinatários definidos, quase que repousando no brilho dos dentes, um cartão pequeno invisível, a dizer RESERVADO.
Uma dessas pessoas, que confesso conhecer mal, mas cuja escrita vai sendo cada vez mais mote dos meus pensamento, é o Joel Neto.
Quem nos apresentou directa e indirectamente foi o Luís, que num jantar comemorativo das 10.000 visitantes do Desejo Casar, por ter chegado um pouco mais tarde do que eu, o que não quer dizer que tenha chegado atrasado, me permitiu meter conversa com a única pessoa que já se encontrava sentada à mesa, nem mais nem menos que o SR. J.
Desde então, nunca mais se cruzaram os dedos, até ao dia de anteontem.
Com um sentido de humor apurado, nem outra coisa se podia esperar do círculo de amigos do LFB, este Açoriano teve uma saída digna de post.
Com ar sério mas descontraído, perguntou-me se ainda não tinha escrito um livro.
Desconfiado e sem entender bem a razão da pergunta, soltei um "Não", daqueles nãos que se dizem a alguém que julga que nos conhece, mas que afinal nos confunde.
Retorquiu de imediato: Não?! Mas então para te juntares ao grupo, tens de escrever um livro.
O sorriso indiciador de quem sabia a minha resposta "all along", e a palmada nas costas, fizeram-me soltar uma gargalhada felizmente inaudível tal era o barulho de fundo.
Fiquei a pensar naquilo...

Joel, achas que se publicar a minha lista de compras chega?
Com o Abrunhosa funcionou...

quarta-feira, novembro 12, 2003

Simpatia dá-te asas!



Há umas semanas atrás, estava eu a assistir a um anúncio da Red Bull, quando uma ideia luminosa, daquelas que apenas brilham por segundos até se apagarem definitivamente nas mentes dos, que como eu, são esquecidos, invadir os meus pensamentos sem autorização. Era uma ideia para um novo anúncio da marca.
Desconhecendo se já teria sido concretizada, ou se seria apenas a memória a pregar-me partidas, decidi, numa onda de brincadeira, enviá-la ao departamento de Marketing da Red Bull.

O que aconteceu foi isto:

Cara Sr.ª J, o meu nome é Henrique Gomes e a verdade é que sou
um grande fã dos anúncios da RED BULL, uma vez que são divertidos, simples
e inteligentes, e sobretudo, porque conseguem "passar a mensagem".
Há tempos tive uma ideia para um anúncio que colegas meus acharam piada e
que hoje decidi compartilhá-la, apesar de bem no fundo residir a dúvida de
já ter sido por vós concretizada. De qualquer das formas aqui fica a ideia:

Primeira imagem - Cena do filme ET: O ET escondido na lancheira da
bicicleta enquanto o miúdo foge a pedalar. Quanto se torna inevitável o
embate numa casa por terem entrado num beco sem saída, o ET pega no lata de
Red Bull bebe-a e dá-a beber ao miúdo.

Segunda Imagem - Começam a voar por cima das casas, até ao momento em que
passam à frente da Lua e apenas se vêem os contornos da bicicleta do míudo
e do ET com asas a segurarem as latas.

Enfim, uma ideia entre mil, mas achei engraçado partilhá-lha com alguém da
Red Bull.

Grato pela atenção

Henrique Gomes


Pensando eu que ficaria a pairar no ar, mais uma ideia, mais uma iniciativa, mal sabia o que realmente viria a acontecer:

Olá Henrique

Peço desculpa de só agora estar a responder ao seu e-mail.

E tenho que lhe dizer que é por causa de consumidores como o Henrique que
sentimos que o nosso trabalho vale a pena e isso dá-nos mais vontade de
trabalhar sempre mais e melhor.

Muito obrigada pela sugestão. É uma excelente ideia. No entanto, a
publicidade da Red Bull é toda feita numa agência alemã que é responsável
por toda a nossa imagem a esse nível. Mas enviamos-lhes na mesma a sua
sugestão. Quem sabe?

Se puder mande-me a sua morada, pode ser?

Saudações energéticas e mais uma vez, obrigada


Nitidamente surpreendido com tamanha atenção, decidi agradecer e como foi pedido, enviar a minha morada, embora desconhecendo para que finalidade seria necessária:


Cara F,

Fico contente por saber que as ideias não ficam perdidas no espaço virtual
da internet, nem são directamente atiradas para o "recycle bin", sem
destino, sem valor.
Entretanto, pode ser que apareça outra ideia digna de novo contacto...

De qualquer forma, obrigado pela atenção!


Dias depois, recebo das mãos da porteira, uma encomenda da Red Bull, sendo que no seu interior se encontravam 4 latas, um tapete para rato, um anti-stress, um folheto e um cartão de agradecimento.


Por ser inédito, este gesto tão bonito, mereceu ocupar um espaço neste Blog!

O fim de Matrix?



Estou desiludido com o Matrix Revolutions -> amanhã explico porquê!

Adeus



O SPike deixou o tapete do prédio e o meu coração.

sexta-feira, novembro 07, 2003

Calor Humano



Há uns dias, quando caminhava para casa, já tendo batido há muito as 12 badaladas, e quando tudo já se deveria ter transformado em coisas feias e desinteressantes, vejo um magnífico animal, com pêlo castanho claro, estendido ao longo de um tapete de entrada de prédio.
A beleza era tal, que instintivamente procurei, afinal em vão, uma trela, uma coleira, algo que lhe conferisse uma titularidade.
O dono, esse, perdera-se, provavelmente, na noite, numa noite, afastando-se do lindo cão que agora repousava à frente dos meus olhos.
Para quê procurar justificações onde elas não existem? Para quê inventar histórias que apenas confortam a mente, mas não o animal que agora dormia ao relento?
Sem dono, ao frio, aninha-se escondendo-se nos sonhos, sim porque o cães também sonham, onde certamente brinca com um dono inventado pelas suas carências caninas. Durante essas horas é feliz, ao menos isso.
Hoje fui eu que sonhei com ele, julgando que seria o meu cão, aquele que nunca tive, o meu Spike, vulgar de nome mas único no coração.
Que me interessa pensar que foi o SPike de alguém, ou que tem pulgas e doenças que desconheço e não vejo.
Mais uma noite como qualquer noite, e vejo-me hoje regressar a casa com o desejo de o ver novamente, na esperança contraditória de estar bem mas ainda não ter arranjado alguém que o mime, até um dia. Até ao dia em que ganhe coragem, e não tenha mais medo de acordar do sonho, que afinal pode ser tão real, tão possível e que está apenas ao alcance de um sorriso.
Lindo cão que dormes descansado, desculpa ser tão egoísta, mas espero ver-te amanhã aí, para que possa, pelo menos por mais um dia, imaginar que podes ser meu.

quinta-feira, novembro 06, 2003

gracinhas de café



Cliente – Olhe desculpe, onde é que está a minha carica? É que eu não entendo essa mania que os senhores têm de servir as garrafas já sem as caricas. Talvez não faça sentido fazer-lhe esta pergunta, mas quando o seu filho lhe pede um refrigerante, e como eu até está interessado em juntar as caricas para ganhar o prémio que anunciam no rótulo, o senhor também o impede de sonhar? Eu se compro uma garrafa é para vir com carica....também a pago!

Empregado - Tem toda a razão! A pergunta que me fez não faz sentido absolutamente nenhum: eu não tenho filhos, e mesmo que tivesse julgo que não teriam a sua idade. A verdade, é que não me pareceu que o senhor estivesse interessado no prémio. Por isso, peço-lhe que me perdoe. Se realmente deseja um iô-iô pokemon luminoso (a ler o rótulo) vou já buscar a “sua” carica ao lixo.

Cliente – Mas que mal tem eu querer um iô-iô luminoso não sei das quantas? Como é que o senhor sabe que é para mim? E mais, o que é que o senhor tem a ver com isso?

Empregado – Permita-me então que lhe pergunte: o prémio é para si?

Cliente – É! É para mim sim! O raio do Iô-Iô é para mim! Acha que não tenho idade para brincar com iô-iôs é? ( Já bastante irritado e a chamar a atenção das pessoas que estão à volta).


Empregado – Não, não... aparentemente está na flor da idade e se quer brincar com o iô-iô, faça o favor..... já agora
é 1,15 €.... já com carica.

terça-feira, novembro 04, 2003

Ser Voyeur: Narcisismo e Altruísmo


sexta-feira, outubro 31, 2003

Cinquenta Anos de Palco




“Sê bem-vindo à Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, nós somos o Cénico de Direito”.
Repetida ao longo de quase 50 anos, a saudação de boas vindas com que o grupo de Teatro da Faculdade de Direito de Lisboa recebia os caloiros está, hoje, condenada a desaparecer.

O meu nome é Henrique Gomes, actual Director de Produção do Cénico e hoje represento os seus membros.
Decidi que não podia continuar calado face a tamanhos desprezo e desconhecimento no que diz repeito à história, obra e conquistas deste Grupo de Teatro, e que hoje se revelam cada mais sintomáticos de um fim próximo, desprestigiante e francamente injusto.

Tudo se deve, não à memória curta do público, porque esse felizmente é fiel e persistente mesmo nas alturas de pausas para ensaios, chegando mesmo a procurar informações sobre as nossas actividades junto da Faculdade.
Nem, tão pouco, se deve à escassez de actores e actrizes, já que quase uma centena de alunos se inscreve, anualmente, no atelier de pré-selecção que organizamos.
No que concerne à qualidade do nosso trabalho, basta que se refiram os sucessivos convites para participações em festivais e os concursos, que aceitam as nossas candidaturas para figurar num elenco limitado de grupos, nomeadamente, o Festival de Teatro ACASO, em Leiria e a MOSTRA de Teatro, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa.

Aponto o dedo, sim, à entidade da qual fazemos parte enquanto núcleo, a AAFDL (associação de Estudantes da Faculdade de Direito de Lisboa). A ignorância e o desconhecimento da nossa existência são de tal maneira assustadores e inacreditáveis, que numa das nossas últimas representações no Teatro Maria Matos, incluída no Festival de Teatro Universitário de Lisboa(FATAL), e com a Peça “A Kulpa”, baseada no “Processo”, de Franz Kafka, um representante do departamento cultural da Associação de estudantes chegou mesmo a confessar, inconsciente do teor ofensivo do que viria a ser o seu desabafo pessoal, que não fazia ideia da qualidade do “seu Cénico”, um grupo só com meia centena de anos e desde sempre ligado à Faculdade.
Por outro lado, quem aceder à página de internet da AAFDL, verá que o Cénico é, de facto, mencionado enquanto núcleo, mas a verdade é que já temos página do grupo ( www.cenico.no.sapo.pt) há cerca de 3 anos e apesar dos múltiplos contactos para a adicionar à pequena menção, apenas obtivemos o silêncio característico do dolce fare niente.

Ano após ano, convencidos pelas promessas das campanhas, pelo desejo enérgico de mudança, pelos sorrisos afinal enganadores e pelo, hoje muito actual, falso interesse pela cultura, ou melhor, pela Cultura da Cultura.
No fim, confrontados com o vazio das palavras gravadas nas mentes, mas nunca no papel tal é a confiança entre futuros juristas, ficamos de mãos a abanar, não em termos de trabalho, porque simplesmente não podemos parar, mas a nível monetário, já que inevitavelmente e como é lógico, temos de remunerar o Encenador que infelizmente se submete a estas condições todos os anos.
Inacreditavelmente, depois de terem sido montadas duas peças que correspondem a dois anos de trabalho de encenação (“A Kulpa”, e “à espera de Godot”, a estrear no Festival de Teatro Acaso em Leiria a 9 de Novembro deste ano), o nosso encenador ainda não recebeu, até à data, qualquer remuneração, uma vez que a promessa feita pela AAFDL no início deste ano, de um subsídio dividido em três tranches em datas já decorridas, não foi mais uma vez cumprida.

Convencido de que é condenável este desrespeito por alguém que dignifica tanto o Grupo Cénico de Direito, e de que se trata de uma situação que não pode continuar a repetir-se, venho por este meio anunciar aos órgãos de comunicação social e restantes interessados, que a menos que algo seja feito no sentido de reparar a actual situação vergonhosa e degradante, o Cénico de Direito será forçado a deixar de pisar os palcos e a cessar a sua actividade enquanto Grupo de Teatro Universitário no final deste ano de 2003.

Ao nosso fundador, Malaquias de Lemos, falecido no dia 1 de Janeiro deste ano, e à sua família deixo o meu profundo agradecimento e a inevitável vergonha, que hoje carrego, por ser forçado a tomar atitude tão drástica, cerca de 50 anos depois de um acto de tanta coragem.



Em nome do Cénico

Henrique Martins Gomes

O segredo da Burocracia



Se és cidadão, se tens dúvidas sobre os teus direitos e deveres e queres uma resposta rápida... ... ... não, não é preciso juntares-te ao CENFIC, basta que procures a solução em INFOCID.
Experimenta!


P.S.: contém páginas actualizadas sobre o modo correcto de pagar o IRs e Irc, a tempo.

Direito à indignação


Estou cansado e farto. Muito farto.
O mundo conforma-se e eu ainda não.
Revolto-me com o que vejo e num grito surdo transformado em palavras, transmito a minha indignação.
Se é de esperar que os vírus sejam criados pelas empresas de software de anti-vírus, e que as doenças sejam criadas e estudadas pelos laboratórios que fabricam medicamentos, a lógica mais distorcida impede-me de imaginar que sejam os próprios advogados, juízes ou meros juristas a incentivar outro meio mundo a violar a lei.
A raiva consome-me lentamente à medida que revejo mentalmente imagens recentes e perturbadoras.
Hoje descobri, finalmente, de uma forma cruel e arrepiante que os carros que vagueiam pelo Parque de Estacionamento Privativo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, ali bem em plena Alameda Da Universidade, procuram a companhia de jovens do sexo masculino que se prostituem em plena propriedade da Faculdade.
É como lhes digo, esta noite, saindo de uma ensaio do Grupo Cénico de Direito de que faço parte, fiquei chocado com a imagem real, típica, de um jovem a vaguear sozinho pelo estacionamento, coberto pela luz dos candeeiros que o iluminam como se estivesse numa montra. Tudo para depois desaparecer no interior de um carro, que por sua vez se esfuma entre a escuridão dos lugares mais afastados da entrada do parque.

Prostituição na Fdl - sinto-me repugnado como ex-aluno e sobretudo desiludido por ninguém do corpo directivo pôr termo a um situação de resolução fácil, bastaria encerrar as cancelas do parque todas as noites.

Falem menos e façam mais.
Simples, não é?

terça-feira, outubro 28, 2003

O dom




Rir.
Sorriso tornado som, que anima e alimenta qualquer sala ou quarto.
Unidas sob a forma de palavras mágicas, a inteligência de uma observação e a ideia mental de satisfação e de conquista do nosso sentido humor, são as características e consequentes sensações imprenscindíveis em qualquer boa piada.
Rir é ser-se convencido de que algo merece a oportunidade única de comunicar com o infante que há em nós, desprendidos de armas e defesas com que nos vamos acostumando e que carregamos até ao último sopro de C02. Talvez seja por isso, que o homem diminui de estatura com a idade, é do peso das suas armaduras.
Detestamos e tememos a vulneralibilidade do nosso riso.
Mas só isso nos faz sentir bem, embora por pouco tempo, como tudo o que é bom na vida.

Sugestões para os destemidos:

- Robin Williams na Broadway, pela cadeia HBO.
- Fawlty Towers, com John Cleese, pela cadeia BBC.

Estes dvds estão à venda na Fnac.

Quanto ao riso mais genuíno há que procurar os espectáculos com qualidade, por exemplo, este projecto que promete não apenas pelo renome dos intervenientes, mas pela sua obra, notável, que até hoje fez rir muita gente, sendo esse exactamente o seu intuito.

Eureka!



De acordo com o Portugal Diário: BiBi chéché!

Ou com um arranjo diferente das mesmas letras...

BiBiébichébiché... -> dí­zima infinita, and so on and so on.

Cá para mim o psiquiatra é o Pedro Strecht, mascarado de Rui frade e com voz alterada ...

segunda-feira, outubro 27, 2003

Gastos



Se há coisa que já chateia, é a repetição, ano após ano, de alguns anúncios, sobretudo os característicos da quadra natalícia. Ou é o chocolatinho do casal guloso que só quer delícias Ferrero, mas que ainda tem de esperar por Outubro porque ainda está muito calor ou a promoção da bebida tão oportuna para as férias de Natal, altura de viagens, de deslocações familiares, que é o Whisky Logan.
O da Ferrero ainda passa, pois finalmente trocaram a Madame e o Ambrósio que faziam as maravilhas dos contadores de anedotas mais picantes, pelo par que só quer Rocher ou mon cherry.
A Logan, por outro lado, é mais insistente, uma vez que mantém há já 3 anos o anúncio em que os protagonistas têm a conversa do " Quero Logan, porque ainda não inventaram nada melhor".

É coerente, se teimam em exibi-lo... ... ... é porque ainda "não conseguiram inventar nada melhor".

domingo, outubro 26, 2003

O meu Sushi



Seguem-se algumas imagens que demonstram bem a que ponto pode chegar a minha paixão pela gastronomia japonesa.
Desejoso de sentir de novo o sabor avinagrado das folhas de gengibre e a frescura dos peixes presos nos rolos de arroz, decidi lançar-me na orientalização dos meus hábitos, na demonstração de que os livros adquiridos sobre a confecção das pequenas maravilhas japonesas tinham um fim último, o de partilhar com os meus utensílios, facas, garfos, pausinhos, este enorme prazer.
Espero que as imagens agradem tanto como o seu sabor real...





sexta-feira, outubro 24, 2003

Ó chefe, vai uma moedinha para o estagiário?



Lisboa é a cidade da inovação, do savoir faire je ne sais quoi, das modernices.
No fundo é esse o papel de uma Capita, apanhar com tudo o que vem de fora, tretas e manias incluídas. Mas de vez em quando, Lisboa antecipa-se e dá o Exemplo, mesmo que seja mau.
Estou a falar, obviamente da criação do Serviço de Estacionamento Facilitado, mais conhecido pelos seus utilizadores, como SEF ou "Os Arrumadores".
Utilizando a oportuna alusão ao comportamento do Vírus, feita no filme Matrix por AGENT SMITH, este grupo de personagens revela características muito similares já que se aproveita do medo para forçar os colegas condutores a ceder a tão desejada moedinha.
Mas, outra das características do Vírus é a sua capacidade de evoluir.
Dito, feito.

Estava a atravessar a Av. da República quando ouço um Arrumador dirigindo-se, eventualmente, para um automobilista que passava, dizer:

- Ele ainda é estagiário!

A voz arrastada do emissor da declaração, não permitiu identificar, de imediato, quem seria a pessoa que parecia conhecer-me enquanto Advogado-estagiário.
Descobri rapidamente que não se referia a mim, que não me reconhecia, e sobretudo que o Estagiário era outro: nem mais, nem menos que um jovem recém-chegado ao mundo do SEF.
Aparentemente, falara o Patrono, referindo-se ao seu mais recente discípulo.

Logo comecei a imaginar em que consistiria o "estágio":

- Exames práticos - Medição do rigor com que se indica a manobra mais adequada, para o lugar de estacionamento desejado. Material indispensável: revista ou jornal enrolados a servir de ponteiro. Introdução às técnicas de rotação e ritmo de ponteiro.

- Exames Escritos - requisito essencial para testar a aquisição dos conhecimentos pelo novato, com a vantagem da adopção do método americano de cruzinhas. Material indispensável: Moeda ou Chave para marcar as respostas e a Chapa de qualquer automóvel como local onde o aluno deve responder. Este procedimento tem a vantagem de o estagiário poder treinar em simultâneo a sua habilidade na elaboração dos riscos, afinal, é essa a base de toda a actividade lucrativa, ou seja, a persuasão.

Por isso não se admirem....

Eu (não) sou um ET



Ainda bem que os meus dedos conseguem desenvencilhar-se, escapando à paralisia que me toma os músculos que rodeiam a boca e a mantêm aberta. Bem aberta.
Embora o momento exija um bom palavrão, corrijo, um bom grito de raiva, a verdade é que a indignação obriga-me a transformar tudo o que sinto em palavras. Graças a BLOGGOD que existem pontos de exclamação!

Aqui vai:

Não obstante os constantes apelos do DR. Lopes, que como toda a gente sabe é o famoso ventríloquo que ressuscitou o Marquês de Pombal, para usarmos os transportes públicos, a verdade é que ainda teimo em escolher o ambiente recatado e privilegiado do meu veículo automóvel. TEIMOSIAS!
E assim, há dois dias atrás, regressando de mais um dia de estágio, farto de violações de Direitos, vi-me actor protagonista dum caso que até à data só conhecia dos processos que acompanho no escritório.

Na falta de lugar para estacionar na praceta que alberga o meu prédio, decidi levar o carro até ao conforto do lugar que lhe está reservado na garagem. Conforto longínquo já que o acesso se faz por outro prédio, uns metros mais acima.
Já a esfregar os olhos de sono, desço pela rampa e deixo o automóvel deslizar quase ao sabor do ralenti, até ao lugar vazio...
Eu disse vazio, porque foi assim que pensei encontrá-lo.
A realidade já nem preciso de a escrever.
Claro que deixei um papelito improvisado no pára-brisas do veículo do transgressor, desta vez, do meu direito de propriedade, indicando o n.º do andar que reclamava uma legitimidade agora inútil.
Passaram quase dois dias, sem que o dito 4 rodas se movesse ou até mesmo que o dito escrito desaparecesse... Nada.... tudo na mesma.

Polícia com ele. Se fosse roubado agora se saberia.
Irado, revoltado, incrédulo.

"...Pertence ao Sr. X, e é seu vizinho..." - Sorriso e risada da agente que me escutava do outro lado do telefone.

Lá vou eu tocar à porta do tal X, e reponde a voz da progenitora, depois da minha conversa lhe vir reavivar a memória: "...E deixou lá algum papel no carro?..." - Alguém me consegue explicar o que é que isto quer dizer?????

Enfim, lá veio o dito Sr. retirar o carro, meio estremunhado, sempre eram 23.20.
Chega ao veículo, cumprimenta-se com um aperto de mão e sai-se com:

- Você é que é o dono do lugar?
- Sou, e já há dois dias que estou a tentar pôr aqui o carro.
- Desculpe, é que costuma estar vazio.
- Estar vazio não significa que não pertença a alguém.
- Pronto, eu vou passar a pôr o carro lá fora
- Esta frase foi dita com tanto desalento e insatisfação, que não poderia ser brindada com o meu silêncio:

- Não me diga isso a mim, eu não tenho nada a ver com isso. Aliás já nem é a primeira vez que isto acontece. Parecendo que não o Sr. causou-me incómodo.

O Silêncio, afinal, pertenceu-lhe, apesar de estranhamente contrariado.

Não devo ter sido suficientemente convincente.....

quarta-feira, outubro 22, 2003

As (minhas) Fotografias Críticas



Navegando alegremente pelo sapo, que venho a descobrir?
Alguém que terá plagiado as minhas capacidades fotográficas, ou vá-se lá saber como, viajado até ao futuro e regressado com suposta obra minha, exposta agora sem consentimento do autor.
Quem por aqui passar, verá que terei (reparem a oportuna utilização do futuro) sido o seu autor moral, mas não material visto não me lembrar de nada. Será este mais um caso digno de MEMENTO II?

N.B.: Só espero que o engraçadinho não seja nem actor nem escritora-cientista!

segunda-feira, outubro 20, 2003

Eu sou um Telele-dependente...



Para quem tem muitos amigos, pouco dinheiro no telemóvel e queira conhecer algumas dicas e truques:

- Páginas 50 a 52 da Revista Men´s Health



Nota: Aos cavalheiros -> Eu disse 50 a 52 e não 78 a 83!

Operação:

"FDL - Embaciado Nocturno"

Noite cerrada.
Há um cheiro intenso a humidade, sem dúvida proveniente da alta vegetação onde me encontro. Aqui ao lado, um parque de estacionamento onde os alunos da Faculdade de Direito de Lisboa deixam diariamente e por algumas horas os seus veículos. É curioso observar este espaço, porque se por um lado em comparação com os parques criados para os alunos das Faculdades adjacentes, este é sem dúvida o mais desleixado e menos cuidado, por outro, aqui encontram-se veículos quase novos de todas as cilindradas e preços.
Ainda tenho acesso a ele, mas por pouco tempo.
São 10 horas e picos da noite. O ambiente está carregado, talvez não pelo silêncio da alameda da Universidade que se vai impondo, mas pelo manto escuro de desconhecimento que agora paira nesta área.
Levantadas as cancelas que limitavam a entrada aos não utilizadores diurnos, o "Novo Parque" parece suscitar a curiosidade de muita gente, de muitos condutores noctívagos, aparentemente homens.
Por razões profissionais passo por aqui com muita frequência, mas nunca paro, pelo menos a esta hora.
Hoje não.

Vejo entrarem às dúzias, carros, carrinhas, jipes e caravanas, primeiro movimentando-se ao longo de todo o troço transitável, desbravando com os potentes faróis os obstáculos humanos e restantes veículos inertes.
Depois, travam e aceleram como se procurassem um abrigo, onde a camuflagem seja perfeita, onde o físico se dilua na paisagem tridimensional.
Palavras complicadas para descrever movimentações estranhas.

Entrou mais um automóvel.
Aparentemente sozinho, um homem nos seus 40, avança cuidadosamente pela estrada em mau estado que circunda os lugares, agora vagos, imitando os guardas que fazem a ronda, para se certificarem da segurança alheia: este zela pela sua.
Ligam-se novas luzes, estas há alguns minutos adormecidas no meio da vegetação, e que agora estão em sobreaviso.
Não se vê nada no interior dos veículos que rapidamente criaram um barreira de humidade e vapor que cerca os vidros, e muito embora a imaginação nos leve a acreditar que os casais de Lisboa têm um novo poiso, a verdade é que na sua maioria, os condutores que aqui entram vêm sozinhos.
Parecem estar à espera...como está o senhor que entrou.

Vou-me embora.
É tarde e pelo ar da coisa, não é hoje que descubro o que por aqui fazem antes e depois deste desfile de luzes e dos silêncios humanos abafados pelos motores.

Sei que um dia, estes comportamentos estranhos terão um fim, que talvez nunca venha a saber o que a minha "curiosidade Felícia Cabritiana" tanto exige.
Nesse dia, ficarei grato, como ex-aluno, por fecharem as cancelas à noite.

sexta-feira, outubro 17, 2003

Indignação



Devo confessar-vos que me encontro em estado de choque.
Descobri a Verdade, não a do Mulder ou de Scully, mas a dos posts com sucesso e qualidade.

Os resultados de uma pesquisa cuja a amostra abrange, acreditem ou não, os blogs inteirinhos, respondeu a todas as dúvidas mais pessoais, nesta coisa de se escrever posts com piada e interesse.

Efectivamente, ao que parece, não é a imaginação espontânea nem o engenho que fazem de um blog, um bom blog! Ao invés, e tenho provas conclusivas para poder afirmá-lo com convicção, tudo se deve ao estado, mais ao menos inebriado, em que os bloggers se encontram, quando se atiram ao teclado.
Escusam de o negar, eu tenho provas: Não há ninguém sóbrio com um blog: nem no Blogspot, quer no weblog.com.pt.

Será por isso que este blog...?

quarta-feira, outubro 15, 2003

"O meu Pipi" à Venda



A Oficina do Livro rendeu-se às virtudes literárias do inigualável anatomista e mais conhecido blogger anónimo de Portugal: O meu Pipi.
E porque quem sabe, sabe, a Fnac já dispõe de exemplares do livro à venda.
Resta saber se o texto que tenho guardado há anos no cofre com o título "A minha pinta no nariz por causa da varicela", terá o mesmo sucesso.

A Festa Desejo Casar



Perdoem a demora, mas a explicação para o atraso reside no post anterior!

-22.30 no Madres de Goa-

Fui um dos primeiros a chegar, e como tal, tive o privilégio de saber, talvez cedo de mais, qual o programa de festas da longa noite que se avizinhava.
O ambiente adormecido no silêncio que ecoava nas paredes, fazia apenas adivinhar uma de duas coisas: que me tinha antecipado bastante, ou a Party não teria a adesão esperada e especulada.
Felizmente, e para não dizer que foram os restantes bloggers que chegaram atrasados, tinha sido o maldito relógio estrangeiro que me obrigara a chegar antes da hora. Sim, porque se há coisa que mais irrite um turista, ou em especial um imigrante inglês, é a nossa falta de pontualidade. Enfim, deixemo-nos de pormenores....horas, minutos, é tudo a mesma coisa.
O que é facto é que o espaço rapidamente aqueceu em temperatura e em diálogos, mal se ouviram os primeiros "eu sou do blog X, e tu?".
Acenos, olhares fingidamente distraídos, curiosidade disfarçada num segurar de um copo há muito vazio, notar e não ser notado.
Tudo junto ao bar, onde qualquer movimento serve de pretexto para quebrar o gelo fictício das conversas que ainda estão para serem geradas. Ao invés, do lado de lá do balcão, outro gelo se partia, ou não fossem as caipirinhas e caipiroskas o "ex libris" do Bar e curiosamente uma das especialidades do Marcos, reputado barman brasileiro da noite Lisboeta.
O som meio inebriado saía entusiasmado das colunas e intensificava os contactos ao ponto de todos se sentirem agora anfitriões do recém desvendado mundo da luso-blogosfera.
Num dos cantos, uma sessão de slides informatizada, tomando o lugar das velhas máquinas de slides que ainda fazem as delícias dos que ainda não se renderam ao programa Power Point, onde são exibidos os vários blogs convidados e alguns dos seus textos.
O Olhar Crítico teve sorte!
De resto, fico contente por não terem dado aos shots o nome do blogs presentes, a qualidade era manifestamente desproporcional, já que o seu gosto fez jus ao nome das bebidas e foi o único pormenor sem relevância, que escapou a uma noite onde ficou demonstrado o valor, a imaginação e o DESEJO DE CONFRATERNIZAR do Blog organizador.

Parabéns!

Nota: gostei de ideia de unir as pessoas através dos artigos do Código Civil. Safou-se o Pipi dele, de não terem utilizado o Código Penal...

segunda-feira, outubro 13, 2003

Esclarecimento



Por motivos alheios à vontade de quem escreve neste espaço, não tem sido possível agradar os leitores do Olhar Crítico, uma vez que o computador pessoal se aliou à greve nacional de estudantes, recusando-se a funcionar até que seja aumentado na sua memória e que nele seja instalada um cópia licenciada do Windows.
Ciente de que uma destas exigências é impossível de realizar, o autor desta página tem efectuado todos os esforços para que as conversações informáticas resultem brevemente no restabelecimento do serviço.

Nota: Parabéns ao Bruno Nogueira.

Sozinho em casa IV



Quem montasse uma máquina fotográfica, ou de filmar, no meu apartamento e espiasse a rotina diária deste olhar crí­tico, teria muito que escrever no seu blog.
Já me estou a imaginar numa fotografia de boxers, t-shirt vestida à pressa e chinelos brancos felpudos, a fazer o pequeno almoço.
Os solteirões donos de casa, terão certamente entendido porque me passeio em casa com estes chinelos meio afeminados pois também eles recebem os brindes na compra de 4 refeições rápidas congeladas "4 SALTI" da Iglo.
Mas que a minha reputação de cozinheiro não fique arruinada com estes pequenos laivos de preguiça que ocorrem, normalmente, em dias de grande cansaço, ou não fosse eu um apaixonado pelo requinte, sabor e a cuidada apresentação de um prato (entende-se agora a minha paixão pela gastronomia Japonesa).
Ao mesmo tempo, a inevitável e indispensável música que me acompanha diariamente nas lides da casa, à excepção do único dia do mês em que rogo pragas ao aspirador por fazer tanto barulho: o dia das limpezas.
A casa, poderia contar muitas histórias e segredos, mas não os meus, pois só muito recentemente me mudei.
Uma coragem obtida com o início do estágio e com a incontornável tristeza dos "grandes pais", como dizem os franceses, com quem vivia.
Só espero que os vizinhos de baixo não tenham horários de acasalamento estranhos (perdoem a minha linguagem BBC- Vida Selvagem), é que se ouve tudo do alto do meu 12º andar.
A vingança é um prato que se serve frio....

quinta-feira, outubro 09, 2003

A FESTA É HOJE!



Todos os amigos do blog DESEJO CASAR ou apenas adeptos da instituição do Matrimónio estão, por este meio, convocados para a:

GRANDE FESTA "DESEJO CASAR"
Dia 9 de Outubro/5ª feira - no Madres de Goa, Lisboa (primeira à direita depois da Casa México, quem vem da Assembleia da República, junto do ISEG)

Depois do destaque que os blogs mereceram no "Público", "SIC-Notícias", "RTP", "NTV", "Antena 1", "Visão", "Focus", "DNa", "Boletim Paroquiano de Salvaterra", "Borda DÁgua - edição adultos", magazine "Le Nouvel Bloggeur" e no fanzine da "Liga Sado-Maso Portuguesa" chega, finalmente

A primeira festa de um weblog português!

Venha dançar, beber e conviver com os bloggers portugueses, os homens e mulheres, sobre a face da Terra, que mais vezes ouviram a frase:

"Ó filho, não foi pra isto que te paguei os estudos!"

A festa DESEJO CASAR inclui SHOTS com nomes de blogs nacionais, imagens VJ com blogs portugueses, um padre para casar pessoas no local e os DJs:

DJ Bórgia (LFB, Desejo Casar)
DJ Casado (NCS, Desejo Casar)
e os convidados:
DJ PASCP (Pedro Adão e Silva, País Relativo)
DJ Menino (João "Menino" que, valha-o Deus, não tem um blog!)

VENHA DIVERTIR-SE COM OS TIPOS QUE IRRITARAM PEDRO ROLO DUARTE, MEDEIROS FERREIRA, LÚCIA GUIMARÃES, EDUARDO PRADO COELHO, OS PATRÕES E A PRÓPRIA FAMÍLIA. DISCUTA O TAMANHO DO SEU SITE METER COM O BLOGGER DO LADO E TENTE O ENGATE A UMA MULHER DE CARNE E OSSO COM O JÁ CLÁSSICO:

"FAZES-ME UM BLOG?"

segunda-feira, outubro 06, 2003

Alugar VS Arrendar



De uma vez por todas:

É muito comum estabelecer-se uma confusão terminológica entre os conceitos: arrendamento e aluguer.
Qualquer um de nós que atravesse uma rua, verificará alegremente que algumas janelas de prédio mais recentes contêm cartazes dizendo: Aluga-se, arrenda-se, etc... . Surge, pois, com naturalidade a falsa ideia de que os dois conceitos podem ser utilizados indistintamente, como de sinónimos se tratassem .
Ora bem, não só não são sinónimos, como tais cartazes incorrem numa imprecisão grosseira aos olhos de qualquer jurista.
Efectivamente, há uma diferença a saber:

As casas, as vivendas, os apartamentos, as lojas, enquanto bens imóveis ---> Arrendam-se.

Os carros, os fatos de carnaval, a mobília, ou quaisquer outros bens móveis ----> Alugam-se .

Nota: resta saber se os autores dos cartazes, são os efectivos proprietários dos bens, e não me refiro aos procuradores.... Cautela!

Mais dúvidas - email: olharcritico@netcabo.pt

sexta-feira, outubro 03, 2003

"Don't judge a book by its cover"

Falando de Publicidade, faço hoje referência a um blog curioso, com o título, perdoem-me a redundância ou o pleonasmo (ando a ler umas coisas!) , o "blog de publicidade".
Vale a pena!
Parabéns ao recém criado Blog Quarta Vaga, por se juntar a tantos outros combatentes da ignorância, com ou sem dom da Palavra.


Nota: Este blog teve uma técnica de publicidade curiosa, pois incluiu no seu template uma lista infindável de Blogs já existentes, incluindo este (MUITO OBRIGADO! - Qualquer problema temos livro de reclamações, mais conhecido por: Comentários.).
Nem quero imaginar o que aconteceria se a mesma mente publicitária tivesse optado por "Quarto Vago"....

Dicas para um vôo seguro, por Bush Jr.



Há SITES que não têm descrição possível.
O que apresento hoje é, sem dúvida, um clássico dos Cartoons, porque se atreve a parodiar um dos maiores medos do Homem da Era Pós-Icareana: o medo de "cair" de Avião.
Imagens banais, constantes em qualquer folheto de informações de segurança entalado na cadeira do passageiro da frente, mas com legendas deliciosas e hilariantes.
Mais palavras para quê, vejam em Airtoons.

Enjoy!

quinta-feira, outubro 02, 2003

"CIDADJI OFF AIR"



Ligar limpa pára-brisas, desembaciador do vidro de trás, rádio e... nada.
Estava eu à espera da Brasileirada do costume no 107.2, mas em vez disso, apenas uns jingles publicitários e as vozes de jovens compatriotas a dar os bons dias aos ouvintes.
Ainda pensei que tivessem contratado novos locutores, mas a verdade revelar-se-ia mais dura: acabaram com a Rádio Cidade.
Com efeito, quem sintonizar na mesma frequência, arrisca-se a ouvir uma nova estação, em tudo diferente, ou em quase tudo: "A Rádio Cidade FM".

Enfim, o que será que vão inventar a seguir.... um partido de oposição???

segunda-feira, setembro 29, 2003

"O preço da Lei"



Já há algum tempo que penso nisto.
Mas foi ontem, ao arrumar criteriosamente os meus livros de curso que cresceu a necessidade de me insurgir contra o que hoje considero escandaloso.
Será que conhecemos todos a Lei?
Será que o mero andar na rua não constitui uma ilegalidade, uma ilicitude, um crime?
Para respondermos a estas perguntas será necessário recorrer a um Código: Penal, Civil, do Trabalho, etc...
Como se aprende durante o curso de Direito "o desconhecimento da lei não aproveita a ninguém", mas será que é de esperar que todos conheçamos as regras que limitam a nossa liberdade e vontade.
Quanto muito, digo eu, temos o dever de as conhecer, para impedir que com os nossos actos possamos pôr em risco as esferas de direitos alheias.
Mas então, se há um dever de conhecer e de obedecer, e se a consequência do desrespeito dos preceitos propostos para o conví­vio possí­vel em sociedade é, em último grau, a perda da liberdade pessoal, como se entende que a distribuição da "lei", na sua acepção de texto legal, se faça onerosamente?
Como se explica a obrigatoriedade de respeitar "gratuitamente" uma lei, que aliás prefigura uma atitude louvável e honrosa, mas que nos obriga a adquirir códigos, diários da República, etc?
Torna-se irónico pensar, que à luz do nosso Direito, ninguém se pode fazer valer do desconhecimento da lei, presumindo-se automaticamente que todos têm dinheiro para comprar livros de 3 e mais contos que compilam todas as regras.
A alternativa de contratar um advogado está, obviamente, colocada de parte, pois o custo é consideravelmente superior.

Porque razão temos de pagar a pessoas especializadas para nos elucidarem sobre os nossos Direitos, não seria esse já um dever pessoal?
Porquê e para quê lucrar licitamente com a ignorância dos demais ?

Esta é, apenas uma visão do mundo: a minha.

quinta-feira, setembro 25, 2003

Rapidinha



Para consultar o saldo do seu Telemóvel, por favor digite:

Tmn - *#123# + botão de fazer chamada (tecla com telefone Verde).

Vodafone - *#100#+ botão de fazer chamada (tecla com telefone Verde).

Optimus - *#555# + botão de fazer chamada (tecla com telefone Verde).

Pequenos Mistérios



Enquanto passava os olhos pelo Portugaldiário reparei nesta notícia fantástica "Autarcas de Bragança não conseguem identificar pontes perigosas", na página http://www.portugaldiario.iol.pt/noticias/noticia.php?id=138217.
Não sei, sinceramente, qual é a dúvida, nem o porquê de tanta indignação.
Se procedermos a uma análise factual dos últimos acontecimentos, facilmente se descobre o paradeiro das ditas "construções".
Assim sendo, só nos resta concluir que as ditas pontes, repita-se, muito perigosas, já terão conhecido o solo que as sustentava.
Não vemos outra possibilidade.
Se aquelas, cujo estado se desconhece, mas que ainda assim são submetidas a reparações, acidentalmente conhecem a Lei da gravidade, imagine-se as pontes cuja estrutura se assume oficialmente como perigosa e que misteriosamente desaparecem...
Os ingleses têm 2 ditados curiosos: " quanto maior for, maior é a queda", "Tudo o que sobe, tem de descer".
Em Portugal, tais entendimentos populares estão sujeitos a uma interpretação extensiva: tudo o que é construído, mesmo quieto, acaba por cair...... com a ajuda do bater de asas da borboleta, claro!

Dizem alguns especialistas em Segurança, que se tratam de pequenos atentados da Al-Quaeda, tendo alguns dos apoiantes desta organização chegado a assumir que com infra-estruturas destas, nem se demonstra necessário realizar qualquer sacrifício humano, nem forçar o embate de qualquer veículo contra estas construções.

Nota: Espero sinceramente que ainda não tenham descoberto as nossas Twin Towers... ... ... têm lá um óptimo Restaurante Japonês.

segunda-feira, setembro 22, 2003

Ser ou não ser



Nunca tive paciência para comprar roupa, sobretudo antes da perda brutal de 10 kg.
Detesto o escolher e separar, o tirar e pôr, o descalçar e o apertar, o decidir e o ... ... pagar.
Ainda chego a fazer aqueles sorrisos estúpidos para arrancar um "fica-te bem" mental, mas a verdade é que o "está óptimo" deve ser imediato!
Nos dias que correm desfilo entre o fato e a união de facto composta pela camisa e a gravata, já que legalmente parece que só com o Laço, a dita camisa poderia celebrar o matrimónio. Metáforas Legais.... enfim.
Mas nem sempre foi assim, nem sempre me preocupei com a bainha das calças ou com o brilho dos sapatos. Eu era o que o Alexandre chamaria de BETO.
Mas atenção, este BETO usou brinco, usou airwalk. Em suma, foi o rebelde da família, para tristeza do avôzinho que só ultimamente se recompôs com a licenciatura em Direito do neto.
Mas como BETO assumido, mas contrariado, há certas dúvidas existenciais que me perturbam.
Uma delas prende-se com o gosto demonstrado pelos meus ex-colegas de vestuário, em usar, o que ora chamo, de capacete capilar.
Estou a referir-me, obviamente, ao grosseiro plágio em versão humana, do que costumo chamar "penteado Playmobil". Já não bastava o feitio estranho dos cabelos de plástico dos tão familiares bonecos, foi ainda preciso que alguém, no auge da sua graça e originalidade, copiasse tão feio particularidade.
Pois, será impressão minha, ou é muito comum esta escolha de corte?
Talvez seja melhor dizer a total ausência dele.

Desconfio que terá uma das seguintes explicações:

1 - Técnica Estética Sacoor. Tem como intuito tapar a cara, as suas imperfeições, inclusive as borbulhas que tanto atormentam as mentes mais jovens.

2- Método Imuno-Preventivo. Visa combater o frio do Inverno, criando um microclima na zona occipital e frontal, impedindo simultaneamente a formação das chamadas "Brancas" de Raciocínio.

3- Constitui uma técnica de Sedução. Engate = cabelo comprido, oleoso, que tape quase completamente os olhos.

Quem tiver informações mais conclusivas, por favor não hesite em comentar, ou "emailar".

sexta-feira, setembro 19, 2003

Eu conheço o Bin Laden



Lembram-se do Programa "Você Decide"?
Uma história controversa com dois finais à escolha.
Para se definir qual o final a exibir, bastaria que os espectadores ligassem para um determinado número elegendo o desfecho desejado.
Vou propor-vos um raciocínio semelhante.
Imaginem que são uma pessoa perturbada, talvez mesmo desequilibrada mentalmente e que no limiar de uma enorme angústia decidem captar a atenção dos restantes "fellow citizens" sequestrando vários alunos numa escola.

Agora a parte difícil....

Se quisessem ser levados a sério, que diriam:


A) Sou o John Doe, tenho 34 anos e detesto o sistema de pensões americano, a minha família odeia-me, a minha mulher deixou-me e as Finanças pretendem tirar-me tudo o que tenho, casa, mobília.
Tenho aqui sequestrados 20 jovens estudantes. Em troca da sua libertação, pretendo a minha vida de volta. Têm 30 minutos.


B) Sou John Doe, membro da Al-Quaeda e sequestrei 20 jovens estudantes, cuja vida depende da satisfação das minhas exigências.
Têm 30 minutos.

O pânico estabelecido pelo véu dos atentados do 11 de Setembro, levar-me-ia a escolher a 2ª hipótese, apesar do substrato, ou seja de na realidade se tratar de mais uma pessoa perturbada, comparativamente "inofensiva".

O medo provocado pela total ausência de limites, de valores e de meios de impedimento das acções terroristas da Al-Quaeda, leva a que tudo o que esteja relacionado com esta organização seja considerado mais delicado.

Este pequeno raciocínio leva-me acreditar que o sequestro de ontem, independentemente do carácter fictício dos factos que apresentei, foi apenas mais um pedido de atenção de mais um pobre Americano deveras perturbado.
Senão vejamos, qualquer membro da Al-quaeda desempenha a sua função com um dado adquirido, o de que pode morrer na sua missão. A sua missão, pode inclusivamente ser morrer pelos interesses que defende.
Não há lugar a negociações. Tudo é simbólico e paga-se, eventualmente, com a própria vida.
Ora alguém que admite negociações, que cede perante as entidades que supostamente odeia ao libertar alguns reféns, não é feito da mesma massa, nem se rege pela mesma ausência de valores que um homem que pilota um avião, carregado de passageiros, contra um prédio.

É uma visão do Sequestro de ontem.

Desabafo


Será que nunca mais percebemos:

1- que somos péssimos a fazer pontes.

2- que não sabemos fazer nada com antecedência suficiente. Reina o "deixa andar que ainda temos tempo".

3- que é fácil ser-se um vidente charlatão em Portugal, porque não é necessário antever o futuro, basta tão só prevê-lo, pois tudo, mais tarde ou mais cedo, acontece (menos o do canal 2).

4- que a nível das empresas privadas impera, inexplicavelmente, uma contenção de custos que impede que sejamos responsáveis e previdentes.

5- que é escusado procurar responsáveis quando as opções se resumem à sua demissão.

6- que o enorme esforço fiscal e as medidas drásticas paralelas, eram mais do que necessárias face ao estado calamitoso da Economia Portuguesa, mais um legado inconsciente do anterior Governo.

7- que o Guterres não tinha mais nenhuma alternativa senão abandonar o barco, depois da enorme fabricação, durante meses e meses, de um país próspero e em ascensão.

8- que a atitude mais correcta quando se foi protagonista duma imcompetência, não é a de se demitir imediatamente porque não se foi capaz de fazer um bom trabalho, mas sim a de efectivar todos os esforços para compor os danos e apenas posteriormente admitir-se a incapacidade para continuar num determinado cargo. Caso contrário, o puro e simples não fazer nada nem antes nem depois é bem revelador de demasiada irresponsabilidade e de muita lata!

9- que a política sempre foi a de remendar e nunca a de prevenir.

10- que é preciso ter mesmo muita lata, para se afirmar numa entrevista recente dada à Rtp, que se está de consciência tranquila.... (António Guterres)

Atenção, não estou ligado a nenhum partido, não sou contra o Ps, muito menos sou apoiante do Psd.
A verdade é que vivo no bolso as consequências duma política desastrosa de alguém que nos ocultou um Estado da Nação inacreditável e que agora se limita a atribuir as culpas ao Governo por aplicar um política rígida, inflexível e sobretudo impopular, o chamado "apertar o cinto".
A oposição existe para propor alternativas e não para atirar areia aos olhos de quem tenta trabalhar.

Quanto ao resto, todos os partidos são iguais.
Cada um expressa a sua opinião, à sua maneira, como eu.

"Quero ver o meu Presidente!"



Os Portugueses, porque já não têm Rei, adoram o seu Presidente.
Mesmo aqueles que não morrem de amores pelo titular do cargo, admitem que sentem um respeito particular pelo homem que os representa no exterior e que relembra os povos do lado de lá do Atlântico, que Portugal não é um Estado Espanhol.
Essa adoração, chamemos-lhe assim, que não advém exclusivamente de se ser descendente duma família que governa há centenas de anos, mas por se tratar de alguém que atingiu o cargo por meio da consulta do seu povo, pode contudo ser levada a extremos.
Exemplo disso, foi o desejo, ontem demonstrado, por um indivíduo nos seus cinquentas, de se encontrar com o Sr. Presidente, sem marcação e sem respeito pelo "protocolo".
Não contente com os argumentos invocados pelos seguranças do Palácio de Belém que lhe negaram a entrada, decide, que nem Manuel Subtil, desatar aos tiros para o ar.

Isto que acabei de contar, poderão ler em qualquer jornal de ontem.
Há, no entanto, que elucidar quanto aos verdadeiros motivos do pobre homem que, ao que parece, ficou logo detido.
Na verdade, este senhor queria apenas inocentemente oferecer um prenda ao PR. pelo aniversário de ontem. Triste por ver tanta burocracia e confusão a barrarem-lhe o caminho, sentiu-se abalado na sua qualidade de cidadão eleitor e decidiu inventar provisoriamente o seu protocolo pessoal.
Tudo para oferecer uma prendinha.
Enquanto isto, o Presidente aproveitava para navegar nas águas do Tejo, na companhia dos seus amigos mais íntimos, ignorando completamente os graves acontecimentos que ocorriam no seu lar.

Agora percebo para que servem os jovens guardas que se encontram nas guaritas à porta do Palácio.
Estão a imitar a desenvolvidíssima técnica de camuflagem utilizada pelos Guardas da Rainha Inglesa, que são capazes de estar horas a fio, no seu posto, sem se mexer.
Assim escondidos hirtos e firmes nas guaritas brancas, parecem verdadeiras estátuas.
É, pois, natural que qualquer pessoa se sinta à vontade para entrar de carro, na residência presidencial.

Fica para o Ano!




Poluição visual



Estou cansado dos "proibídos", dos "hades cá vir", do "fui á praça", dos "á 2 anos que não fumo".
Como é possível repetirem-se os mesmos erros, vezes e vezes sem conta, sem o mínimo esforço, ou pior, sem a mínima noção de que se comete um erro destes.
Não estou a ser demasiado perfeccionista, mas a verdade é que já ninguém se preocupa com os constantes atropelos e atentados à língua portuguesa, nomeadamente no que toca à parte escrita.

----> - quando nos referimos ao verbo Haver ou quando se faz a uma referência ao tempo que passou. Leva sempre acento agudo.
Ex: "Sim, lá natas em casa" ou " muito tempo que não te via"

----> À- de lugar onde ou complemento indirecto de uma frase, leva sempre acento grave.
Ex: "o homem já foi à Lua" ou "Dei o livro à tua mãe"

----> Diferença entre "Trataste" e "tratas-te".
Este erro é muito comum. Nem imaginam a quantidade de apontamentos de aulas da Faculdade que li com esta imprecisão.

Ora bem, quando dizemos Trataste, a sílaba tónica é "tas" e estamos a empregar o Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo Tratar, na segunda pessoa singular.
EX: Trataste do almoço como te pedi?
Se dissermos Tratas-te, a sílaba tónica mudou para "Tra" (1ª sílaba), dando lugar a uma conjugação reflexa.
Ex: sim senhor, tratas-te bem... sempre a comer Lagosta.

----> "A crítica" ou "ele critica"

A crítica, com acento agudo, é um substantivo.
critica, sem acento, é a conjugação do verbo criticar na 3ª pessoa do singular.


Dica: Quando quiserem saber qual a sílaba tónica duma palavra, costuma resultar "chamar a palavra" como me ensinou um professor muito tempo atrás. Imaginem que a estão a chamar na rua. EX: ó trapeziiiiiiista.
Desculpem os leitores que levaram uma seca.
Não sou professor de Português, mas confesso que me incomoda tanto desleixo.

Mais informações: www.priberam.pt (serviços on-line) e http://www.geocities.com/CollegePark/Library/8945/artigo2.html


P.S. - "Proibido" NÃO LEVA ACENTO e Verbo haver diz-se "Hás-de" - Consultar a Priberam e conjugar o verbo HAVER.

Really?



Reparei esta manhã, enquanto procurava lugar para deixar o carro, que os ditos posters da Abraço se encontram estrategicamente colocados ao longo de todo o parque Eduardo Sétimo.
Se Maomé não vai à montanha...

quinta-feira, setembro 18, 2003

Ele é o meu herói



Há dias, enquanto procedia ao empacotar das minhas coisas para o início de mudança de casa, reparei, que bem entaladas entre um manual de Direito Fiscal e um Código Civil já obeso de tantos aditamentos, estavam 2 revistas de banda desenhada do Homem-Aranha. Estranhamente contraditório, porque não suporto aranhas, por mais pequenas que sejam, este super herói sempre me fascinou.
Quem escolhe um super-herói sabe tudo sobre ele: quais os truques, os golpes, as capacidades e até os seus pontos fracos, como se o seu maior fã pudesse ser, em simultâneo, o pior inimigo dado o número infindável de conhecimentos sobre o seu opositor.
Assim sendo e por razões óbvias, herói que é herói procura esconder o que o torna vulnerável.
Há, porém, excepções.
Segundo o que pude constatar num recente anúncio de "outdoor" da Abraço, o herói morcego, Batman, assumiu definitivamente a relação amorosa com o seu "protegido" Robin, já maior de idade.
A verdade, é que já há algumas semanas que esta preciosa informação circulava nas reuniões do "jet 7 ", grupo vilão dos subeijamente conhecidos "fantásticos 4", e que usa a má língua para combater os nossos heróis.
Agora, está oficialmente confirmado, o poster não deixa dúvidas: Robin de mão dada com B-man dizendo " Ele é o meu herói ".
Segundo se apurou, alguns "Super" já desconfiavam desta relação depois de ouvirem, repetidas vezes, frases do tipo: "...Agarra-te bem!", "...Quem é o Papá?", " (Batman) Vou fechar os olhos e tu escondes-te! (Robin) Não vale, tu usas o teu Sonar...".
Depois de falar com mais personagens de B.D., estranhamente, apenas Lucky Luke não quis fazer comentários.

terça-feira, setembro 16, 2003

Diz-me onde dormes, dar-te-ei trabalho!



A blogosfera tem de festejar o aparecimento do pequeno Gastão, o cão malandro, que durante uns tempos esteve longe da vista do parapeito da menina Rita!

Quem diria, que este cão com nome de personagem sortuda de banda desenhada, pudesse seguir tão eficazmente o rasto do seu dono?

Nota: Gastão, uma vez que não tenho cão e gostava imenso de ter, a próxima vez passa uns dias lá em casa....

A Justiça Portuguesa ou "o penso rápido"



Estou Maaaaaaaaaaaravilhado.
Meus amigos, desde ontem que os Tribunais portugueses funcionam a novo ritmo.
É verdade, desde dia 15 de Setembro, dia oficial do recomeço do ano judicial, que se nota o enorme esforço comum de funcionários, partes e juízes, dirigido a uma maior celeridade.
Pena é, que apenas o esforço seja visível.
Uma audiência marcada para quinta-feira, dia 18 de Setembro, foi adiada para Janeiro de 2004.

Eu confio na Justiça!

Desejo Golear



Um Campo.
4 a 15 jogadores: 5 Açorianos; 5 Algarvios; 5 alfacinhas.
Nenhum Mister.
Muita FDB (Fome de Bola).

Em breve, o regresso do programa semanal que todos os fãs do futebol aguardavam, em directo da escola Marquesa de Alorna.

Mais informações: Contactar o grande Marcador fura-redes LFB, ou AB que pelas recentes exibições ganhou a alcunha de "O Fintas", ou então NCS, mais conhecido pelo Anticiclone.

Nota: Agradeço as palavras, demasiado elogiosas, que me foram dirigidas no Post "Gabriel Alves por um dia" -> Desejo Casar... só mostramos o melhor que há em nós quando as circunstâncias o exigem!

And the winner is...



Esta semana, deixo uma dupla sugestão: filme e banda sonora.

"Eyes wide Shut" - com Tom Cruise e Nicole Kidman.

A melhor cena: sem dúvida, a cena de descoberta de um intruso, Tom Cruise, em plena sala do Ritual.

Quanto ao cd da banda sonora: faixa 8 "Masked Ball"

Enjoy!

segunda-feira, setembro 15, 2003

onde está... Google?



Desafio qualquer dos distintos leitores a encontrar as seguintes palavras nesta página, que tão acertadamente permitiram a descoberta do Olhar Crítico:


-olhar a portugal agora 4%

-JOEL - BIGBROTHER pORTUGAL 4%

-último livro de miguel sousa tavares 4%

-Utilidades dos mexilhões para o homem 4%

-Como podemos nos divertir na noite espanhola 4%

-tudo sobre vulcoes 4%

-fnac livro abrunhosa 4%

Desperta o crítico que há em ti!



Abri um espaço de comentários (depois de um pedido irrecusável da menina que deixa marcas na areia)
Achei que seria interessante explorar o reverso da medalha, ou seja, aquele que critica ter a oportunidade de provar o seu próprio veneno, caso seja necessário!
Há quem entenda a abertura de tal espaço livre de opinião como uma aproximação indesejada entre a pessoa que escreve e a pessoa que lê, que estar contactável é poder conversar com os Deuses do Olimpo.
Não sou Deus, nem superior.
Tenho uma opinião...como todos vós!

quinta-feira, setembro 11, 2003

"Nine Eleven"



Faz hoje dois anos que ganhei vergonha do ser humano. Um ser capaz de destruir o que o rodeia incluindo vidas, famílias, sonhos.
Toda esta capacidade demolidora dentro nós, ao dispôr de uma maldade apenas vista em filmes, em ficção e que ainda se encontraria escondida na imaginação, ou não fossem algumas mentes "iluminadas" por um Deus, só seu, esse sim que posso garantir que não existe.
Para que serve Deus se os homens se aniquilarem?

segunda-feira, setembro 08, 2003

Por favor, onde fica o WC?



Quando: hora do jantar, um dia destes.
Local: Restaurante típico em Bruxelas, junto à Praça Principal - "Grande Place".
Prato: 1 dose de Moules mariniéres (1Kg de mexilhões!)
Bebida: Água e vinho Branco.
Efeito: casa de banho mais próxima - stop- com urgência.

Dado o mote, vamos à história.
A verdade é que estava aflito, muito aflito. Mas a ocasião, o lugar e as circunstâncias não permitiam que as expressões faciais fossem fidedignas ao "interior".
Os criados baloiçavam-se, de cá para lá, como se navegassem pelos corredores , e todo aquele movimento contínuo só me enjoava ainda mais.
- Ao fundo, à direita e depois novamente à direita - lá me disseram adivinhando pelo meu ziguezaguear.
Finalmente, lá encontro a porta dos "cavalheiros", e quando me preparo para....fazer o que tenho a fazer... (contracção/descontracção) vejo a sanita mais estranha que já vi até hoje. Não seria a curiosidade das formas, paralelepípedo e respectivo cone à frente, mas a de algumas ranhuras, muito estranhas que sobressaíam e escamoteando funções que só os belgas conheceriam.
A estranheza do objecto não me demoveu, nem apaziguou a terrível necessidade e foi então que, preparado para fechar literalmente os olhos à diferença, levanto o assento e... este não se segura.
O aperto é cada vez maior, estão preenchidas as premissas e contudo este silogismo sui generis não é lógico: se para haver Alívio é preciso haver uma casa de banho e se há uma casa de banho, logo haverá.... que treta o tampo continua a não aguentar-se sozinho em pé!!!!!!!!!!!!!!!!
Em completo desespero, já sem medo das ranhuras enigmáticas, do assento em baixo-relevo, e violando os ensinamentos do papá e da mamã, foi mesmo com o assento para baixo.
Como não tenho palavras para descrever o que senti, escuso-me a tentar inventá-las, digo apenas que foi um grande, grande alívio.
Já num silêncio mental, lá ganho forças para puxar o autoclismo. Então, um zumbido forte invadiu o compartimento, e o rectângulo rodeado pelas ranhuras avança sobre o tampo e sem que pudesse adivinhar, o assento começa a rodopiar.
Um sistema de limpeza automático, sem papéis, sem botões estranhos, sem avisos nem instruções.
Tudo ao alcance de um dedo, no toque banal de quem se prepara para abandonar quatro paredes de sofrimento.
Voltei para a mesa, ainda incrédulo por ver um assento que rodava 360° e grato pelos mesmos papá e mamã me terem ensinado a puxar o autoclismo só depois de me levantar - Que futuristas!

quinta-feira, setembro 04, 2003

Bruxelas IN



Este ambiente é estranho.
Aqui, a maioria dos portugueses que não se conhecem têm dois comportamentos:

1- Desatam a conversar aos altos berros, escudados por uma falsa noção de segurança, julgando que não serão entendidos, o que às vezes pode gerar situações verdadeiramente embaraçosas já que Bruxelas é uma cidade "ocupada".

2- Mal se apercebem da presença próxima de compatriotas, silenciam-se, como se tivessem vergonha dos lusos que cá vieram ganhar a vida, como se não se quisessem misturar com esta "gentinha". Fazem de tudo para que não se gere um diálogo que os rebaixaria, limitando-se a olhar fixamente nos olhos como se os enxotassem mentalmente.

São estas as duas principais razões para poder afirmar, com convicção, que é muito fácil detectar um português por estas bandas.

Mas este sentimento de repulsa existe também nos nativos, cada vez menos nativos, que se limitam a determinar com olhares rapidíssimos a nossa origem. A distinção é feita deste modo: belga; não belga.
Xenófobos?
A verdade é que todos os povos coabitam, têm o seu lugar na cadeia alimentar dos humanos e ninguém se chateia com isso, mas são os silêncios que mais revelam o profundo desprezo por estes estrangeiros cada vez mais nativos.

Apesar de tudo, limito-me a responder com o mesmo desprezo, não esquecendo os bons modos que insistem em acompanhar os seus olhares de reprovação.
Afinal de contas, dinheiro é dinheiro, independentemente da sua origem.

O euro tem as suas vantagens, ao menos já não olham para as nossas notas com a desconfiança com que ouvem o nosso luso-francês

quarta-feira, setembro 03, 2003

Setembro em grande



Quem leu o último post, ficará indignado por ver qualquer actualização no Olhar Crítico e questionar-se-á sobre os meios que hoje me permitem fazê-lo.
Na verdade, estou bastante longe de casa.
Estou numa terra onde o sol é muito tímido, a cidade é mais verde que cinzenta e onde a mescla de culturas é tão grande, que é o exemplo perfeito da frase "não sou ateniense, nem grego. Sou um cidadão do Mundo".
Pela descrição podia estar em muitos sítios, mas a brisa que me cumprimentou hoje de manhã é a de Bruxelas.
Lá do alto, antes de aterrar, vi muitas pocinhas onde os Deuses costumam refrescar-se e que se identificam facilmente, pois o sol, astro magnífico, está ao serviço do Olimpo e nelas faz-se reflectir, quase como se fossem naturalmente douradas. Os campos, perfeitamente alinhados e divididos, mais parecem uma paleta de cores de um distinto pintor ou quiçá do próprio Hergé que, nos Céus, se prepara para pintar uma nova aventura do Tin Tin e da inseparável Milu.
O prateado surge sob a forma de átomo gigante, que afinal e ironicamente, para partícula que outrora era considerada a mais pequenina, é percorrido por centenas de pessoas, que diariamente visitam o seu interior... átomos dentro de outros átomos.
Apesar de se tratar, efectivamente, de uma grande metrópole, é notável a forma como o verde se mantém a cor predominante. Os parques, os extensos jardins, os quintais e os vasos juntos às varandas das casas, compõem todo este ambiente são e tranquilizante quase bem sucedido ou não fossem as incessantes e barulhentas buzinas dos automobilistas, que deixem que lhes diga, são mais destemidos do que nós. As regras de trânsito existem, mas todas as pessoas guiam no condicional - E se eu.... - felizmente, arranhão aqui ou ali na pintura, as pessoas saem intocadas.
Estou feliz, mas com saudades.

Até Breve

Nota: quem quiser fazer perguntas, algum pedido, encomenda, etc, não hesite em contactar-me para olharcritico@netcabo.pt

Obituário



Não, não estou com o chamado "Writer`s block", nem mesmo com "stage fright", a verdade é que o meu computador deixou, simplesmente, de responder, ligar e até espantosamente de dar erros, ou seja, deu um verdadeiro berro.
Depois de horas e horas a montar e desmontar, a bater, a substituir peças (sobrando outras, claro!), foi declarado, oficialmente, o seu óbito por volta das 4.20 da manhã de Sábado, ruidosamente acompanhado por um praguejar tão violento, que os vizinhos deverão ter pensado que a casa estaria arrendada a pessoas de fora.
Por isso, é com grande tristeza, que comunico o falecimento do meu grande companheiro de tantas conversas até altas horas, do teclado onde nasceram as primeiras palavrinhas do Olhar Crítico e sobretudo duma máquina que até ao derradeiro silêncio foi o "my computer".

Nota: Hoje por volta da meia-noite cumprirei um segundo de silêncio que foi o tempo que demorou a apagar-se de vez.

sábado, agosto 30, 2003

And the Winner is...



Em poucas palavras....

música da semana:


"Voa Borboleta", faixa 16 do Cd "Mi má Bô", de Sara Tavares.

Posologia: imediatamente após o primeiro piscar de olhos e ao deitar, de preferência, a olhar para o céu. (SO, CALL ME ROMANTIC!)

Estar só comigo



Ler as palavras que marcam hoje a Areia, fez-me recuar no tempo, ou melhor, voltar a sentir o que julgava erradamente extinto e que na realidade, à semelhança de muitos vulcões, apenas se encontrava adormecido em mim.
Se continuasse a viver a mentira, que afinal não passa de um complot entre o coração e o cérebro para me proteger do sofrimento e da dor, teria sido desmascarado de uma forma tão simples e hábil que, agora, só me pode deixar envergonhado. E tudo graças a "uma mentira inventada".
De facto, ainda infantilmente influenciado pelas magias que aprendi durante a adolescência, julguei que num passe típico conseguiria esconder debaixo do tapete da distância, que separa agora o mágico da assistente, ou esquecer com a ausência daquela presença, todo o sentimento, o nervoso miudinho e o inevitável sorriso que lhe retribuía.
Não podemos esquecer as pessoas, nem podemos retirar-lhes o passado que firmemente se agarra às nossas entranhas. Podemos, sim, aventurar-nos no desconhecido, pelo presente, sentindo, tremendo com o medo característico do "não se saber o que fazer", ir tacteando o caminho dos sentimentos, a cada olá, a cada "gosto de ti" com novo destinatário. Estou pronto.
Pés na terra, coração no céu, olhar em ti.... assim te espero, sorriso sem nome.

Brevemente



Avista-se o regresso da rubrica "O Parcialóide" já no mês de Setembro.
É uma questão de tempo... como em tudo na vida.

sexta-feira, agosto 29, 2003

Health, Men's Health



Não gosto de fazer publicidade, nem tão pouco cedo (conscientemente) a jogadas de marketing que têm o intuito de nos incentivar a um ainda maior consumismo perfeitamente desnecessário.
Contudo, abro hoje uma excepção no que toca à primeira oração deste meu primeiro parágrafo, já que sou proprietário dos 29 números já editados da revista Men's Health, cuja compra se repete criteriosamente todos os meses.
Esta edição mensal tem um dom curioso, acredita e fomenta a existência de um homem moderno, emancipado e sobretudo "anti-machista". Não obstante o "target" óbvio , as mulheres também parecem apreciar a sua leitura, já que numa coluna própria, não só vão expondo a sua opinião como chegam mesmo a propor algumas dicas em mais campos - SIM! Nesse também...
Como eliminar nódoas, passar a ferro, fazer nós nas gravatas, combater a calvice, comprar ou vender um carro, cozinhar um jantar delicado com poucos recursos, são apenas alguns dos tópicos que poderemos encontrar no seu interior. No entanto, há dois assuntos que nunca, jamais, em tempo algum faltarão: Como Perder Peso e Como melhorar a Performance na Cama.
Não tenho dúvidas de que mais de 50% das pessoas abre a revista incentivado pelos títulos em destaque, mas aquilo que aparentemente é o seu calcanhar de Aquiles depressa se torna uma forma bem interessante de folhear, na íntegra, uma revista que afinal tem muito mais para partilhar.
Aquilo que a caracteriza é, sem dúvida, a diversidade de assuntos e a forma pormenorizada como abordam problemas e preocupações tão actuais.
Ler para crer!



Nota: Aos Senhores - Não é uma revista de casa-de-banho!
Às Senhoras - Perdoem a alusão gratuita a Sexo na linha anterior. Cortesia by Men's Health

quarta-feira, agosto 27, 2003

Utilidades



Serve esta rubrica para imortalizar no tempo e no espaço informações úteis, conhecimentos e algumas dicas que, por vezes, se revelam de difícil acesso.

Hoje:

Se tiver um acidente de viação colidindo com mais veículos e quiser averiguar a veracidade do seguro ou até mesmo a seguradora do automóvel em que embateu, basta que entre no seguinte site e escreva a respectiva matrícula.

terça-feira, agosto 26, 2003

Referências



Gostei bastante do último Post da Valentina.
Revela uma preocupação, mais do que justificada, pela mais recente vaga de Srs. Drs. que disparam opiniões em todas as direcções.
É de Ler!

Curtas



Queixava-se ontem uma amiga espanhola, durante uma conversa sobre as múltiplas dificuldades na aprendizagem da nossa língua:

" Porque é que os dias da semana em Português começam por uma Segunda? Porque é que não começam por uma Primeira?"

Não soube responder....
Alguém sabe?

Lx Forever



Regressar à  Capital depois de umas férias relaxantes e bem merecidas, é como voltar ao conforto materno, após o parto, enrolado numa mantinha.
Atravessar qualquer das pontes e retribuir o enorme sorriso desta minha Urbe, que se traduz numa luminosidade que a ilumina na totalidade, até mesmo os becos mais escondidos, garantindo que toda a Lisboa nos recebe.
É bom estar de volta.

terça-feira, agosto 19, 2003

Chinês à Portuguesa



-No Comments-

Algures num Restaurante Chinês, em Armação de Pêra:

- Filho: "... Queria uma maçã Fa-si, por favor."

(chega a sobremesa)

- Pai: " ... vais comer Filhós?"

quarta-feira, agosto 13, 2003

Noites no Castelo



Apesar de ainda me encontrar em Férias, achei interessante quebrar uma onda gigante de ócio e descrever a minha última noite.
Comecemos, então, pelo início.
Há cerca de 2 anos que sei da existência dum particular local, que segundo os entendidos da noite algarvia e alguns fotógrafos noctívagos do Expresso se apresenta como o mais extraordinário palco das loucuras de Verão. Refiro-me, talvez não tão obviamente para os comuns mortais, à tão badalada "Casa do Castelo.
A verdade é que num misto de Olimpo Moderno "Avipalhado" e de harém onde a beleza feminina ronda os 95% do total das mulheres, este espaço revelou-se extraordinário para levantar a moral e a auto-estima de quem lá vai.
Depois de 3 tentativas frustradas, ao longo dos últimos anos, para penetrar nesta antagónica Alcatraz à Portuguesa, sendo que uma delas, e é bom deixar bem claro, se deveu a um pneu furado no caminho, o dia de ontem revelou-se um dia de glória.
Com cerca de 9 a 10 Kg a menos, uma camisa branca metida obrigatoriamente dentro das calças a contrastar com o bronzeado das praias lusas e brasileiras que os porteiros pareceram reconhecer, uma companhia lindíssima e um ar descontraído, a porta de entrada pareceu maior do que nunca, e sem a falta de visibilidade do costume para o seu interior, isto é, sem o porteiro a barrar a entrada.
Pois bem, o "feito" Hercúleo diluiu-se no que parecia ser uma entrada banal em mais um estabelecimento comercial. Entrei sorridente mas incapaz de entender a excitação de quem me acompanhava. Contraditório?
Na verdade, não.
Há muito que não me deixo vencer pelas negas dos porteiros. Saio para me divertir e não será alguém que se limita a avaliar, em segundos, o aspecto do projecto a cliente e fica especado à porta duma discoteca, em que afinal, também raramente entra, que me vai estragar a noite.
Há sempre a desilusão de se ser barrado, mas são pobres de espírito ou simplesmente imaturos, aqueles que fazem de um "não", de um "são 50 €" ou de um "tem cartão da casa", uma crise de ego.

De volta ao Castelo, os 15 euros pagos à saída são, no fundo, um investimento, um elogio ao nosso bem parecer, já que ontem foram eliminadas quaisquer dúvidas de que esta casa vive de caras bonitas, de aspecto fino e elegante, mas temporário, já que os homens, mal sentindo o piso confiante do interior da fortaleza, logo libertam o que mais parecem camisas-de-forças que estrangulam as, afinal, opulentas barrigas. As mulheres, acompanhadas ou não pelo seu querido, proprietário de um penteado de boneco da playmobil ou de um 4 rodas de alta cilindrada, parecem devorar cada sorriso que afinal nem sequer lhes é dirigido.

Foi bom ter uma noite diferente, igual à de tanta gente que não sabendo o que fazer ao seu dinheiro o utiliza na busca de um reflexo erróneo do seu verdadeiro valor, mas fidedigno ao do seu poder.

Apesar de tudo, o meu lado menos preocupado com as injustiças do mundo fartou-se de se divertir.

Vale a pena ir lá uma vez, nem que seja para ficar à porta.