quarta-feira, setembro 03, 2003

Setembro em grande



Quem leu o último post, ficará indignado por ver qualquer actualização no Olhar Crítico e questionar-se-á sobre os meios que hoje me permitem fazê-lo.
Na verdade, estou bastante longe de casa.
Estou numa terra onde o sol é muito tímido, a cidade é mais verde que cinzenta e onde a mescla de culturas é tão grande, que é o exemplo perfeito da frase "não sou ateniense, nem grego. Sou um cidadão do Mundo".
Pela descrição podia estar em muitos sítios, mas a brisa que me cumprimentou hoje de manhã é a de Bruxelas.
Lá do alto, antes de aterrar, vi muitas pocinhas onde os Deuses costumam refrescar-se e que se identificam facilmente, pois o sol, astro magnífico, está ao serviço do Olimpo e nelas faz-se reflectir, quase como se fossem naturalmente douradas. Os campos, perfeitamente alinhados e divididos, mais parecem uma paleta de cores de um distinto pintor ou quiçá do próprio Hergé que, nos Céus, se prepara para pintar uma nova aventura do Tin Tin e da inseparável Milu.
O prateado surge sob a forma de átomo gigante, que afinal e ironicamente, para partícula que outrora era considerada a mais pequenina, é percorrido por centenas de pessoas, que diariamente visitam o seu interior... átomos dentro de outros átomos.
Apesar de se tratar, efectivamente, de uma grande metrópole, é notável a forma como o verde se mantém a cor predominante. Os parques, os extensos jardins, os quintais e os vasos juntos às varandas das casas, compõem todo este ambiente são e tranquilizante quase bem sucedido ou não fossem as incessantes e barulhentas buzinas dos automobilistas, que deixem que lhes diga, são mais destemidos do que nós. As regras de trânsito existem, mas todas as pessoas guiam no condicional - E se eu.... - felizmente, arranhão aqui ou ali na pintura, as pessoas saem intocadas.
Estou feliz, mas com saudades.

Até Breve

Nota: quem quiser fazer perguntas, algum pedido, encomenda, etc, não hesite em contactar-me para olharcritico@netcabo.pt

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