segunda-feira, setembro 29, 2003

"O preço da Lei"



Já há algum tempo que penso nisto.
Mas foi ontem, ao arrumar criteriosamente os meus livros de curso que cresceu a necessidade de me insurgir contra o que hoje considero escandaloso.
Será que conhecemos todos a Lei?
Será que o mero andar na rua não constitui uma ilegalidade, uma ilicitude, um crime?
Para respondermos a estas perguntas será necessário recorrer a um Código: Penal, Civil, do Trabalho, etc...
Como se aprende durante o curso de Direito "o desconhecimento da lei não aproveita a ninguém", mas será que é de esperar que todos conheçamos as regras que limitam a nossa liberdade e vontade.
Quanto muito, digo eu, temos o dever de as conhecer, para impedir que com os nossos actos possamos pôr em risco as esferas de direitos alheias.
Mas então, se há um dever de conhecer e de obedecer, e se a consequência do desrespeito dos preceitos propostos para o conví­vio possí­vel em sociedade é, em último grau, a perda da liberdade pessoal, como se entende que a distribuição da "lei", na sua acepção de texto legal, se faça onerosamente?
Como se explica a obrigatoriedade de respeitar "gratuitamente" uma lei, que aliás prefigura uma atitude louvável e honrosa, mas que nos obriga a adquirir códigos, diários da República, etc?
Torna-se irónico pensar, que à luz do nosso Direito, ninguém se pode fazer valer do desconhecimento da lei, presumindo-se automaticamente que todos têm dinheiro para comprar livros de 3 e mais contos que compilam todas as regras.
A alternativa de contratar um advogado está, obviamente, colocada de parte, pois o custo é consideravelmente superior.

Porque razão temos de pagar a pessoas especializadas para nos elucidarem sobre os nossos Direitos, não seria esse já um dever pessoal?
Porquê e para quê lucrar licitamente com a ignorância dos demais ?

Esta é, apenas uma visão do mundo: a minha.

quinta-feira, setembro 25, 2003

Rapidinha



Para consultar o saldo do seu Telemóvel, por favor digite:

Tmn - *#123# + botão de fazer chamada (tecla com telefone Verde).

Vodafone - *#100#+ botão de fazer chamada (tecla com telefone Verde).

Optimus - *#555# + botão de fazer chamada (tecla com telefone Verde).

Pequenos Mistérios



Enquanto passava os olhos pelo Portugaldiário reparei nesta notícia fantástica "Autarcas de Bragança não conseguem identificar pontes perigosas", na página http://www.portugaldiario.iol.pt/noticias/noticia.php?id=138217.
Não sei, sinceramente, qual é a dúvida, nem o porquê de tanta indignação.
Se procedermos a uma análise factual dos últimos acontecimentos, facilmente se descobre o paradeiro das ditas "construções".
Assim sendo, só nos resta concluir que as ditas pontes, repita-se, muito perigosas, já terão conhecido o solo que as sustentava.
Não vemos outra possibilidade.
Se aquelas, cujo estado se desconhece, mas que ainda assim são submetidas a reparações, acidentalmente conhecem a Lei da gravidade, imagine-se as pontes cuja estrutura se assume oficialmente como perigosa e que misteriosamente desaparecem...
Os ingleses têm 2 ditados curiosos: " quanto maior for, maior é a queda", "Tudo o que sobe, tem de descer".
Em Portugal, tais entendimentos populares estão sujeitos a uma interpretação extensiva: tudo o que é construído, mesmo quieto, acaba por cair...... com a ajuda do bater de asas da borboleta, claro!

Dizem alguns especialistas em Segurança, que se tratam de pequenos atentados da Al-Quaeda, tendo alguns dos apoiantes desta organização chegado a assumir que com infra-estruturas destas, nem se demonstra necessário realizar qualquer sacrifício humano, nem forçar o embate de qualquer veículo contra estas construções.

Nota: Espero sinceramente que ainda não tenham descoberto as nossas Twin Towers... ... ... têm lá um óptimo Restaurante Japonês.

segunda-feira, setembro 22, 2003

Ser ou não ser



Nunca tive paciência para comprar roupa, sobretudo antes da perda brutal de 10 kg.
Detesto o escolher e separar, o tirar e pôr, o descalçar e o apertar, o decidir e o ... ... pagar.
Ainda chego a fazer aqueles sorrisos estúpidos para arrancar um "fica-te bem" mental, mas a verdade é que o "está óptimo" deve ser imediato!
Nos dias que correm desfilo entre o fato e a união de facto composta pela camisa e a gravata, já que legalmente parece que só com o Laço, a dita camisa poderia celebrar o matrimónio. Metáforas Legais.... enfim.
Mas nem sempre foi assim, nem sempre me preocupei com a bainha das calças ou com o brilho dos sapatos. Eu era o que o Alexandre chamaria de BETO.
Mas atenção, este BETO usou brinco, usou airwalk. Em suma, foi o rebelde da família, para tristeza do avôzinho que só ultimamente se recompôs com a licenciatura em Direito do neto.
Mas como BETO assumido, mas contrariado, há certas dúvidas existenciais que me perturbam.
Uma delas prende-se com o gosto demonstrado pelos meus ex-colegas de vestuário, em usar, o que ora chamo, de capacete capilar.
Estou a referir-me, obviamente, ao grosseiro plágio em versão humana, do que costumo chamar "penteado Playmobil". Já não bastava o feitio estranho dos cabelos de plástico dos tão familiares bonecos, foi ainda preciso que alguém, no auge da sua graça e originalidade, copiasse tão feio particularidade.
Pois, será impressão minha, ou é muito comum esta escolha de corte?
Talvez seja melhor dizer a total ausência dele.

Desconfio que terá uma das seguintes explicações:

1 - Técnica Estética Sacoor. Tem como intuito tapar a cara, as suas imperfeições, inclusive as borbulhas que tanto atormentam as mentes mais jovens.

2- Método Imuno-Preventivo. Visa combater o frio do Inverno, criando um microclima na zona occipital e frontal, impedindo simultaneamente a formação das chamadas "Brancas" de Raciocínio.

3- Constitui uma técnica de Sedução. Engate = cabelo comprido, oleoso, que tape quase completamente os olhos.

Quem tiver informações mais conclusivas, por favor não hesite em comentar, ou "emailar".

sexta-feira, setembro 19, 2003

Eu conheço o Bin Laden



Lembram-se do Programa "Você Decide"?
Uma história controversa com dois finais à escolha.
Para se definir qual o final a exibir, bastaria que os espectadores ligassem para um determinado número elegendo o desfecho desejado.
Vou propor-vos um raciocínio semelhante.
Imaginem que são uma pessoa perturbada, talvez mesmo desequilibrada mentalmente e que no limiar de uma enorme angústia decidem captar a atenção dos restantes "fellow citizens" sequestrando vários alunos numa escola.

Agora a parte difícil....

Se quisessem ser levados a sério, que diriam:


A) Sou o John Doe, tenho 34 anos e detesto o sistema de pensões americano, a minha família odeia-me, a minha mulher deixou-me e as Finanças pretendem tirar-me tudo o que tenho, casa, mobília.
Tenho aqui sequestrados 20 jovens estudantes. Em troca da sua libertação, pretendo a minha vida de volta. Têm 30 minutos.


B) Sou John Doe, membro da Al-Quaeda e sequestrei 20 jovens estudantes, cuja vida depende da satisfação das minhas exigências.
Têm 30 minutos.

O pânico estabelecido pelo véu dos atentados do 11 de Setembro, levar-me-ia a escolher a 2ª hipótese, apesar do substrato, ou seja de na realidade se tratar de mais uma pessoa perturbada, comparativamente "inofensiva".

O medo provocado pela total ausência de limites, de valores e de meios de impedimento das acções terroristas da Al-Quaeda, leva a que tudo o que esteja relacionado com esta organização seja considerado mais delicado.

Este pequeno raciocínio leva-me acreditar que o sequestro de ontem, independentemente do carácter fictício dos factos que apresentei, foi apenas mais um pedido de atenção de mais um pobre Americano deveras perturbado.
Senão vejamos, qualquer membro da Al-quaeda desempenha a sua função com um dado adquirido, o de que pode morrer na sua missão. A sua missão, pode inclusivamente ser morrer pelos interesses que defende.
Não há lugar a negociações. Tudo é simbólico e paga-se, eventualmente, com a própria vida.
Ora alguém que admite negociações, que cede perante as entidades que supostamente odeia ao libertar alguns reféns, não é feito da mesma massa, nem se rege pela mesma ausência de valores que um homem que pilota um avião, carregado de passageiros, contra um prédio.

É uma visão do Sequestro de ontem.

Desabafo


Será que nunca mais percebemos:

1- que somos péssimos a fazer pontes.

2- que não sabemos fazer nada com antecedência suficiente. Reina o "deixa andar que ainda temos tempo".

3- que é fácil ser-se um vidente charlatão em Portugal, porque não é necessário antever o futuro, basta tão só prevê-lo, pois tudo, mais tarde ou mais cedo, acontece (menos o do canal 2).

4- que a nível das empresas privadas impera, inexplicavelmente, uma contenção de custos que impede que sejamos responsáveis e previdentes.

5- que é escusado procurar responsáveis quando as opções se resumem à sua demissão.

6- que o enorme esforço fiscal e as medidas drásticas paralelas, eram mais do que necessárias face ao estado calamitoso da Economia Portuguesa, mais um legado inconsciente do anterior Governo.

7- que o Guterres não tinha mais nenhuma alternativa senão abandonar o barco, depois da enorme fabricação, durante meses e meses, de um país próspero e em ascensão.

8- que a atitude mais correcta quando se foi protagonista duma imcompetência, não é a de se demitir imediatamente porque não se foi capaz de fazer um bom trabalho, mas sim a de efectivar todos os esforços para compor os danos e apenas posteriormente admitir-se a incapacidade para continuar num determinado cargo. Caso contrário, o puro e simples não fazer nada nem antes nem depois é bem revelador de demasiada irresponsabilidade e de muita lata!

9- que a política sempre foi a de remendar e nunca a de prevenir.

10- que é preciso ter mesmo muita lata, para se afirmar numa entrevista recente dada à Rtp, que se está de consciência tranquila.... (António Guterres)

Atenção, não estou ligado a nenhum partido, não sou contra o Ps, muito menos sou apoiante do Psd.
A verdade é que vivo no bolso as consequências duma política desastrosa de alguém que nos ocultou um Estado da Nação inacreditável e que agora se limita a atribuir as culpas ao Governo por aplicar um política rígida, inflexível e sobretudo impopular, o chamado "apertar o cinto".
A oposição existe para propor alternativas e não para atirar areia aos olhos de quem tenta trabalhar.

Quanto ao resto, todos os partidos são iguais.
Cada um expressa a sua opinião, à sua maneira, como eu.

"Quero ver o meu Presidente!"



Os Portugueses, porque já não têm Rei, adoram o seu Presidente.
Mesmo aqueles que não morrem de amores pelo titular do cargo, admitem que sentem um respeito particular pelo homem que os representa no exterior e que relembra os povos do lado de lá do Atlântico, que Portugal não é um Estado Espanhol.
Essa adoração, chamemos-lhe assim, que não advém exclusivamente de se ser descendente duma família que governa há centenas de anos, mas por se tratar de alguém que atingiu o cargo por meio da consulta do seu povo, pode contudo ser levada a extremos.
Exemplo disso, foi o desejo, ontem demonstrado, por um indivíduo nos seus cinquentas, de se encontrar com o Sr. Presidente, sem marcação e sem respeito pelo "protocolo".
Não contente com os argumentos invocados pelos seguranças do Palácio de Belém que lhe negaram a entrada, decide, que nem Manuel Subtil, desatar aos tiros para o ar.

Isto que acabei de contar, poderão ler em qualquer jornal de ontem.
Há, no entanto, que elucidar quanto aos verdadeiros motivos do pobre homem que, ao que parece, ficou logo detido.
Na verdade, este senhor queria apenas inocentemente oferecer um prenda ao PR. pelo aniversário de ontem. Triste por ver tanta burocracia e confusão a barrarem-lhe o caminho, sentiu-se abalado na sua qualidade de cidadão eleitor e decidiu inventar provisoriamente o seu protocolo pessoal.
Tudo para oferecer uma prendinha.
Enquanto isto, o Presidente aproveitava para navegar nas águas do Tejo, na companhia dos seus amigos mais íntimos, ignorando completamente os graves acontecimentos que ocorriam no seu lar.

Agora percebo para que servem os jovens guardas que se encontram nas guaritas à porta do Palácio.
Estão a imitar a desenvolvidíssima técnica de camuflagem utilizada pelos Guardas da Rainha Inglesa, que são capazes de estar horas a fio, no seu posto, sem se mexer.
Assim escondidos hirtos e firmes nas guaritas brancas, parecem verdadeiras estátuas.
É, pois, natural que qualquer pessoa se sinta à vontade para entrar de carro, na residência presidencial.

Fica para o Ano!




Poluição visual



Estou cansado dos "proibídos", dos "hades cá vir", do "fui á praça", dos "á 2 anos que não fumo".
Como é possível repetirem-se os mesmos erros, vezes e vezes sem conta, sem o mínimo esforço, ou pior, sem a mínima noção de que se comete um erro destes.
Não estou a ser demasiado perfeccionista, mas a verdade é que já ninguém se preocupa com os constantes atropelos e atentados à língua portuguesa, nomeadamente no que toca à parte escrita.

----> - quando nos referimos ao verbo Haver ou quando se faz a uma referência ao tempo que passou. Leva sempre acento agudo.
Ex: "Sim, lá natas em casa" ou " muito tempo que não te via"

----> À- de lugar onde ou complemento indirecto de uma frase, leva sempre acento grave.
Ex: "o homem já foi à Lua" ou "Dei o livro à tua mãe"

----> Diferença entre "Trataste" e "tratas-te".
Este erro é muito comum. Nem imaginam a quantidade de apontamentos de aulas da Faculdade que li com esta imprecisão.

Ora bem, quando dizemos Trataste, a sílaba tónica é "tas" e estamos a empregar o Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo Tratar, na segunda pessoa singular.
EX: Trataste do almoço como te pedi?
Se dissermos Tratas-te, a sílaba tónica mudou para "Tra" (1ª sílaba), dando lugar a uma conjugação reflexa.
Ex: sim senhor, tratas-te bem... sempre a comer Lagosta.

----> "A crítica" ou "ele critica"

A crítica, com acento agudo, é um substantivo.
critica, sem acento, é a conjugação do verbo criticar na 3ª pessoa do singular.


Dica: Quando quiserem saber qual a sílaba tónica duma palavra, costuma resultar "chamar a palavra" como me ensinou um professor muito tempo atrás. Imaginem que a estão a chamar na rua. EX: ó trapeziiiiiiista.
Desculpem os leitores que levaram uma seca.
Não sou professor de Português, mas confesso que me incomoda tanto desleixo.

Mais informações: www.priberam.pt (serviços on-line) e http://www.geocities.com/CollegePark/Library/8945/artigo2.html


P.S. - "Proibido" NÃO LEVA ACENTO e Verbo haver diz-se "Hás-de" - Consultar a Priberam e conjugar o verbo HAVER.

Really?



Reparei esta manhã, enquanto procurava lugar para deixar o carro, que os ditos posters da Abraço se encontram estrategicamente colocados ao longo de todo o parque Eduardo Sétimo.
Se Maomé não vai à montanha...

quinta-feira, setembro 18, 2003

Ele é o meu herói



Há dias, enquanto procedia ao empacotar das minhas coisas para o início de mudança de casa, reparei, que bem entaladas entre um manual de Direito Fiscal e um Código Civil já obeso de tantos aditamentos, estavam 2 revistas de banda desenhada do Homem-Aranha. Estranhamente contraditório, porque não suporto aranhas, por mais pequenas que sejam, este super herói sempre me fascinou.
Quem escolhe um super-herói sabe tudo sobre ele: quais os truques, os golpes, as capacidades e até os seus pontos fracos, como se o seu maior fã pudesse ser, em simultâneo, o pior inimigo dado o número infindável de conhecimentos sobre o seu opositor.
Assim sendo e por razões óbvias, herói que é herói procura esconder o que o torna vulnerável.
Há, porém, excepções.
Segundo o que pude constatar num recente anúncio de "outdoor" da Abraço, o herói morcego, Batman, assumiu definitivamente a relação amorosa com o seu "protegido" Robin, já maior de idade.
A verdade, é que já há algumas semanas que esta preciosa informação circulava nas reuniões do "jet 7 ", grupo vilão dos subeijamente conhecidos "fantásticos 4", e que usa a má língua para combater os nossos heróis.
Agora, está oficialmente confirmado, o poster não deixa dúvidas: Robin de mão dada com B-man dizendo " Ele é o meu herói ".
Segundo se apurou, alguns "Super" já desconfiavam desta relação depois de ouvirem, repetidas vezes, frases do tipo: "...Agarra-te bem!", "...Quem é o Papá?", " (Batman) Vou fechar os olhos e tu escondes-te! (Robin) Não vale, tu usas o teu Sonar...".
Depois de falar com mais personagens de B.D., estranhamente, apenas Lucky Luke não quis fazer comentários.

terça-feira, setembro 16, 2003

Diz-me onde dormes, dar-te-ei trabalho!



A blogosfera tem de festejar o aparecimento do pequeno Gastão, o cão malandro, que durante uns tempos esteve longe da vista do parapeito da menina Rita!

Quem diria, que este cão com nome de personagem sortuda de banda desenhada, pudesse seguir tão eficazmente o rasto do seu dono?

Nota: Gastão, uma vez que não tenho cão e gostava imenso de ter, a próxima vez passa uns dias lá em casa....

A Justiça Portuguesa ou "o penso rápido"



Estou Maaaaaaaaaaaravilhado.
Meus amigos, desde ontem que os Tribunais portugueses funcionam a novo ritmo.
É verdade, desde dia 15 de Setembro, dia oficial do recomeço do ano judicial, que se nota o enorme esforço comum de funcionários, partes e juízes, dirigido a uma maior celeridade.
Pena é, que apenas o esforço seja visível.
Uma audiência marcada para quinta-feira, dia 18 de Setembro, foi adiada para Janeiro de 2004.

Eu confio na Justiça!

Desejo Golear



Um Campo.
4 a 15 jogadores: 5 Açorianos; 5 Algarvios; 5 alfacinhas.
Nenhum Mister.
Muita FDB (Fome de Bola).

Em breve, o regresso do programa semanal que todos os fãs do futebol aguardavam, em directo da escola Marquesa de Alorna.

Mais informações: Contactar o grande Marcador fura-redes LFB, ou AB que pelas recentes exibições ganhou a alcunha de "O Fintas", ou então NCS, mais conhecido pelo Anticiclone.

Nota: Agradeço as palavras, demasiado elogiosas, que me foram dirigidas no Post "Gabriel Alves por um dia" -> Desejo Casar... só mostramos o melhor que há em nós quando as circunstâncias o exigem!

And the winner is...



Esta semana, deixo uma dupla sugestão: filme e banda sonora.

"Eyes wide Shut" - com Tom Cruise e Nicole Kidman.

A melhor cena: sem dúvida, a cena de descoberta de um intruso, Tom Cruise, em plena sala do Ritual.

Quanto ao cd da banda sonora: faixa 8 "Masked Ball"

Enjoy!

segunda-feira, setembro 15, 2003

onde está... Google?



Desafio qualquer dos distintos leitores a encontrar as seguintes palavras nesta página, que tão acertadamente permitiram a descoberta do Olhar Crítico:


-olhar a portugal agora 4%

-JOEL - BIGBROTHER pORTUGAL 4%

-último livro de miguel sousa tavares 4%

-Utilidades dos mexilhões para o homem 4%

-Como podemos nos divertir na noite espanhola 4%

-tudo sobre vulcoes 4%

-fnac livro abrunhosa 4%

Desperta o crítico que há em ti!



Abri um espaço de comentários (depois de um pedido irrecusável da menina que deixa marcas na areia)
Achei que seria interessante explorar o reverso da medalha, ou seja, aquele que critica ter a oportunidade de provar o seu próprio veneno, caso seja necessário!
Há quem entenda a abertura de tal espaço livre de opinião como uma aproximação indesejada entre a pessoa que escreve e a pessoa que lê, que estar contactável é poder conversar com os Deuses do Olimpo.
Não sou Deus, nem superior.
Tenho uma opinião...como todos vós!

quinta-feira, setembro 11, 2003

"Nine Eleven"



Faz hoje dois anos que ganhei vergonha do ser humano. Um ser capaz de destruir o que o rodeia incluindo vidas, famílias, sonhos.
Toda esta capacidade demolidora dentro nós, ao dispôr de uma maldade apenas vista em filmes, em ficção e que ainda se encontraria escondida na imaginação, ou não fossem algumas mentes "iluminadas" por um Deus, só seu, esse sim que posso garantir que não existe.
Para que serve Deus se os homens se aniquilarem?

segunda-feira, setembro 08, 2003

Por favor, onde fica o WC?



Quando: hora do jantar, um dia destes.
Local: Restaurante típico em Bruxelas, junto à Praça Principal - "Grande Place".
Prato: 1 dose de Moules mariniéres (1Kg de mexilhões!)
Bebida: Água e vinho Branco.
Efeito: casa de banho mais próxima - stop- com urgência.

Dado o mote, vamos à história.
A verdade é que estava aflito, muito aflito. Mas a ocasião, o lugar e as circunstâncias não permitiam que as expressões faciais fossem fidedignas ao "interior".
Os criados baloiçavam-se, de cá para lá, como se navegassem pelos corredores , e todo aquele movimento contínuo só me enjoava ainda mais.
- Ao fundo, à direita e depois novamente à direita - lá me disseram adivinhando pelo meu ziguezaguear.
Finalmente, lá encontro a porta dos "cavalheiros", e quando me preparo para....fazer o que tenho a fazer... (contracção/descontracção) vejo a sanita mais estranha que já vi até hoje. Não seria a curiosidade das formas, paralelepípedo e respectivo cone à frente, mas a de algumas ranhuras, muito estranhas que sobressaíam e escamoteando funções que só os belgas conheceriam.
A estranheza do objecto não me demoveu, nem apaziguou a terrível necessidade e foi então que, preparado para fechar literalmente os olhos à diferença, levanto o assento e... este não se segura.
O aperto é cada vez maior, estão preenchidas as premissas e contudo este silogismo sui generis não é lógico: se para haver Alívio é preciso haver uma casa de banho e se há uma casa de banho, logo haverá.... que treta o tampo continua a não aguentar-se sozinho em pé!!!!!!!!!!!!!!!!
Em completo desespero, já sem medo das ranhuras enigmáticas, do assento em baixo-relevo, e violando os ensinamentos do papá e da mamã, foi mesmo com o assento para baixo.
Como não tenho palavras para descrever o que senti, escuso-me a tentar inventá-las, digo apenas que foi um grande, grande alívio.
Já num silêncio mental, lá ganho forças para puxar o autoclismo. Então, um zumbido forte invadiu o compartimento, e o rectângulo rodeado pelas ranhuras avança sobre o tampo e sem que pudesse adivinhar, o assento começa a rodopiar.
Um sistema de limpeza automático, sem papéis, sem botões estranhos, sem avisos nem instruções.
Tudo ao alcance de um dedo, no toque banal de quem se prepara para abandonar quatro paredes de sofrimento.
Voltei para a mesa, ainda incrédulo por ver um assento que rodava 360° e grato pelos mesmos papá e mamã me terem ensinado a puxar o autoclismo só depois de me levantar - Que futuristas!

quinta-feira, setembro 04, 2003

Bruxelas IN



Este ambiente é estranho.
Aqui, a maioria dos portugueses que não se conhecem têm dois comportamentos:

1- Desatam a conversar aos altos berros, escudados por uma falsa noção de segurança, julgando que não serão entendidos, o que às vezes pode gerar situações verdadeiramente embaraçosas já que Bruxelas é uma cidade "ocupada".

2- Mal se apercebem da presença próxima de compatriotas, silenciam-se, como se tivessem vergonha dos lusos que cá vieram ganhar a vida, como se não se quisessem misturar com esta "gentinha". Fazem de tudo para que não se gere um diálogo que os rebaixaria, limitando-se a olhar fixamente nos olhos como se os enxotassem mentalmente.

São estas as duas principais razões para poder afirmar, com convicção, que é muito fácil detectar um português por estas bandas.

Mas este sentimento de repulsa existe também nos nativos, cada vez menos nativos, que se limitam a determinar com olhares rapidíssimos a nossa origem. A distinção é feita deste modo: belga; não belga.
Xenófobos?
A verdade é que todos os povos coabitam, têm o seu lugar na cadeia alimentar dos humanos e ninguém se chateia com isso, mas são os silêncios que mais revelam o profundo desprezo por estes estrangeiros cada vez mais nativos.

Apesar de tudo, limito-me a responder com o mesmo desprezo, não esquecendo os bons modos que insistem em acompanhar os seus olhares de reprovação.
Afinal de contas, dinheiro é dinheiro, independentemente da sua origem.

O euro tem as suas vantagens, ao menos já não olham para as nossas notas com a desconfiança com que ouvem o nosso luso-francês

quarta-feira, setembro 03, 2003

Setembro em grande



Quem leu o último post, ficará indignado por ver qualquer actualização no Olhar Crítico e questionar-se-á sobre os meios que hoje me permitem fazê-lo.
Na verdade, estou bastante longe de casa.
Estou numa terra onde o sol é muito tímido, a cidade é mais verde que cinzenta e onde a mescla de culturas é tão grande, que é o exemplo perfeito da frase "não sou ateniense, nem grego. Sou um cidadão do Mundo".
Pela descrição podia estar em muitos sítios, mas a brisa que me cumprimentou hoje de manhã é a de Bruxelas.
Lá do alto, antes de aterrar, vi muitas pocinhas onde os Deuses costumam refrescar-se e que se identificam facilmente, pois o sol, astro magnífico, está ao serviço do Olimpo e nelas faz-se reflectir, quase como se fossem naturalmente douradas. Os campos, perfeitamente alinhados e divididos, mais parecem uma paleta de cores de um distinto pintor ou quiçá do próprio Hergé que, nos Céus, se prepara para pintar uma nova aventura do Tin Tin e da inseparável Milu.
O prateado surge sob a forma de átomo gigante, que afinal e ironicamente, para partícula que outrora era considerada a mais pequenina, é percorrido por centenas de pessoas, que diariamente visitam o seu interior... átomos dentro de outros átomos.
Apesar de se tratar, efectivamente, de uma grande metrópole, é notável a forma como o verde se mantém a cor predominante. Os parques, os extensos jardins, os quintais e os vasos juntos às varandas das casas, compõem todo este ambiente são e tranquilizante quase bem sucedido ou não fossem as incessantes e barulhentas buzinas dos automobilistas, que deixem que lhes diga, são mais destemidos do que nós. As regras de trânsito existem, mas todas as pessoas guiam no condicional - E se eu.... - felizmente, arranhão aqui ou ali na pintura, as pessoas saem intocadas.
Estou feliz, mas com saudades.

Até Breve

Nota: quem quiser fazer perguntas, algum pedido, encomenda, etc, não hesite em contactar-me para olharcritico@netcabo.pt

Obituário



Não, não estou com o chamado "Writer`s block", nem mesmo com "stage fright", a verdade é que o meu computador deixou, simplesmente, de responder, ligar e até espantosamente de dar erros, ou seja, deu um verdadeiro berro.
Depois de horas e horas a montar e desmontar, a bater, a substituir peças (sobrando outras, claro!), foi declarado, oficialmente, o seu óbito por volta das 4.20 da manhã de Sábado, ruidosamente acompanhado por um praguejar tão violento, que os vizinhos deverão ter pensado que a casa estaria arrendada a pessoas de fora.
Por isso, é com grande tristeza, que comunico o falecimento do meu grande companheiro de tantas conversas até altas horas, do teclado onde nasceram as primeiras palavrinhas do Olhar Crítico e sobretudo duma máquina que até ao derradeiro silêncio foi o "my computer".

Nota: Hoje por volta da meia-noite cumprirei um segundo de silêncio que foi o tempo que demorou a apagar-se de vez.