quinta-feira, julho 24, 2003

Manifesto Anti-Alopecia



Já repararam que os Portugueses, além de estarem cada vez mais gordos, estão igualmente mais calvos? Isto já para não dizer "Carecas", que é uma palavra que soa mal.
Pudera, com uma terminação similar a peças de vestuário í­ntimas, ouvir "....ecas" é como insultar a nossa cabeça sem que possamos fazer nada!
Serve, também, este pequeno textinho para, de uma vez por todas, explicar o que nunca deve ser dito a uma pessoa que sofre de alopecia (calvice). Por favor, amiguinhos, nunca, jamais, em caso algum, cometam o erro de auxiliar alguém a detectar a sua calvice, tipo: " Ó Henrique, já reparaste? Estás a ficar Careca!". Se a mesma observação, funciona para quem tem um pneu furado, a finalidade perde-se completamente quando alguém se refere ao aspecto físico de outra pessoa.
Porra, já não não basta ter 5 espelhos em casa, ainda me vem um marmelo com intuito altruísta reparar no óbvio. Se é óbvio é porque já não consigo escondê-lo!
Mas porquê esta reacção?
Sobretudo vergonha, mau-estar e a impossibilidade de controlar o fenómeno. A constatação do óbvio aliada à frustação do pouco que se pode fazer para inverter a situação, leva a que o "doente" se sinta vulnerável e susceptível, sensação que se manterá até se habituar ao seu novo aspecto fí­sico.
Na verdade, é a própria identidade da pessoa que está em jogo, um sorriso nos lábios que desaparece pela falta de autoconfiança.
Solução?
Somos o reflexo do nosso interior, logo, o primeiro passo importante é recuperar essa autoconfiança, desta vez com base num novo look, que será usado para fazer muitos estragos na população feminina!
Força pessoal!


Nota: estes desabafos são o resultado da experiência pessoal e não de qualquer estudo efectuado. São observações, na sua maioria escudadas pelo tom humorístico, mas que podem efectivamente "causar danos" à integridade psíquica das pessoas mais frágeis e sensí­veis com o problema da Calvice.

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